Polícia identifica golpista que ofereceu um milhão de testes para MG

Uma investigação da Polícia Civil descobriu uma tentativa de venda milionária de testes rápidos para Covid-19. Testes que nunca existiram (PCMG/Divulgação)

Da Polícia Civil

A (PCMG) Polícia Civil de Minas Gerais identificou uma mulher que se passava por representante de uma empresa internacional oferecendo testes rápidos de Covid-19 ao Estado. Além disso, a investigada também é suspeita de corrupção ativa por oferecer comissão a uma servidora pública para ter preferência na negociação.

Segundo apurado, a investigada tinha endereços em Goiás e São Paulo. Ela chegou a morar em Belo Horizonte, mas se mudou para a capital paulista depois de aplicar golpes por meio de uma empresa de cerimonial. As vítimas eram formandos que a haviam contratado para a realização de festas de conclusão de curso.

Inquérito policial

As investigações tiveram início em julho, quando a PCMG recebeu informações da Controladoria-Geral do Estado sobre o caso, que resultou no cumprimento de mandados de busca e apreensão nas cidades de Goiânia, em Goiás e na capital paulista. Na ocasião, foram recolhidos documentos e materiais relacionados aos crimes de corrupção ativa e tentativa de estelionato contra o Governo de Minas.

Em abril, durante pesquisa de preços realizada pela (Seplag) Secretaria de Planejamento e Gestão de Minas Gerais, a instituição recebeu a proposta no valor de R$ 134 milhões para fornecimento de testes rápidos de Covid-19. A proponente se apresentava como representante comercial de uma empresa internacional fornecedora desses exames.

Na ocasião, a mulher chegou a oferecer comissão para uma servidora pública na tentativa de garantir a escolha para fornecimento dos testes, conduta que configura crime de corrupção ativa. Imediatamente, a Seplag informou o fato aos órgãos de controle para que fossem tomadas as providências necessárias.

“A operação obteve sucesso graças a dois pontos importantes que devem ser destacados. Em primeiro, a atitude íntegra e ética da servidora pública que se recusou a receber uma comissão para favorecer a suposta empresa e, ainda, buscou combater a corrupção ao acionar os órgãos competentes para a apuração dos fatos. Em segundo, ressalto a articulação da Ação Integrada da Rede de Controle e Combate à Corrupção e a importância do trabalho em rede, realizado pelos órgãos de controle, que culminou na operação MedTest”, ressalta o Controlador-Geral Rodrigo Fontenelle.

O delegado Gabriel Ciríaco explicou que, durante a operação, foram apreendidos diversos materiais e documentos que indicam o crime de estelionato cometido pela suspeita, não tendo sido apresentado nenhum documento que comprovasse a possibilidade de ela ser representante comercial da empresa alegada. “Encontramos diversos cartões, com várias contas bancárias, mecanismos de armazenamento diversos e também conseguimos recuperar a imagem da conversa, via aplicativo de mensagem, em que a investigada oferece propina para a servidora do Estado”, detalhou o delegado.

Ainda conforme explicou Ciríaco, “Nossa linha de investigação está concluída em relação à corrupção ativa. Ainda estamos investigando essa tentativa de estelionato, em que ela se passa por representante comercial”.

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