Em quase todos os lugares do mundo mais afetados pelo novo coronavírus, existe uma queda no número de infectados sustentada no índice de mortes e novos casos, segundo estudo mostrado pela Folha de São Paulo. A tendência é a mesma para os estados brasileiros mais castigados pela pandemia. Especialistas e novos estudos sobre a Covid-19 mostram que a chamada imunidade de rebanho, que é necessária para conter o avanço da doença, pode ter sido superestimada. Esse fato poderia explicar que, a segunda onda da enfermidade, pode, de fato, não acontecer.
Um exemplo é a cidade de Manaus, no Amazonas, que teve um colapso nos sistemas de saúde e funerário. O máximo da presença de anticorpos visto na população foi de 14,6% entre os dias 4 e 7 de junho, segundo a Epicovid19. Na cidade de São Paulo, os números de imunização também são baixos. Mesmo registrando mais isolamento e menos mortes que Manaus, o máximo de anticorpos encontrados na população foi bem menor que o de lá, com 3,3% entre 14 e 21 de maio.
A maior cidade do Brasil está tendo uma abertura gradual do comércio e, mesmo assim, tem registrado queda sustentada de novos casos de infecções. Contudo, no interior do Estado, os novos casos seguem avançando.
Já na Europa, continente onde a epidemia chegou antes, o número de casos e mortes está em queda, mesmo com muitos países tendo liberado a reabertura do comércio quase normalmente. Nos EUA, as cidades mais afetadas também não tiveram uma nova onda do surto.