Minas tem taxa de transmissão de Covid-19 acima do ideal

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A taxa de transmissão em Minas deveria estar abaixo de 1 (Amanda Dias/BHAZ)

A situação da Covid-19 em Minas Gerais, deve atingir o ponto mais crítico a partir desta quarta-feira (15) e a taxa de transmissão do novo coronavírus no Estado continua acima do ideal. A média do Rt (medida que indica a taxa de transmissão) em Minas está próxima de 1,03, quando o ideal seria que ela estivesse abaixo de 1.

O secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, afirmou nesta terça-feira (14), que o Rt atual sinaliza uma pequena queda na taxa de transmissão em relação à última semana. Segundo ele, isso pode sinalizar que, nas próximas semanas, Minas Gerais tenha uma desaceleração dos números de casos de Covid-19.

“É importante entender que este número é uma média. O Estado vem mantendo um Rt abaixo de 1,2, mas tem regiões que ainda têm o Rt mais alto e, em compensação, temos regiões com o Rt abaixo de 1, o que pode significar uma redução na transmissão. Ainda é importante reforçar o isolamento social, pois o ideal era que o Rt estivesse abaixo de 1 neste momento”, completou o secretário.

Covid-19 em Minas

De acordo com o boletim epidemiológico divulgado pela SES-MG (Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais) nesta terça-feira, o Estado tem 78.643 casos confirmados de Covid-19 e 1.688 mortes causadas pela doença. Nas últimas 24 horas, o Estado registrou 1.821 novos casos e 73 óbitos.

Veja o que mudou em relação ao boletim de segunda-feira:

  • 78.643 casos confirmados (aumento de 2,3%)
  • 1.688 mortes (aumento de 4,5%)
  • 23.844 casos em acompanhamento (diminuição de 3,4%)
  • 53.111 casos recuperados (aumento de 5,1%)

Platô

O secretário de Estado de Saúde reforçou, ainda, a possibilidade de Minas Gerais passar por um “platô” de casos de Covid-19 a partir desta semana, ou seja, um período de estabilização dos números da pandemia. Anteriormente, as projeções da SES-MG apontavam que o Estado iria atingir o pico de casos do novo coronavírus ao longo desta semana.

Apesar da possibilidade de não haver um pico, médico infectologista Carlos Starling, ouvido pelo BHAZ, alerta: a situação não indica uma melhora. “Um platô significa que a saúde vai ficar pressionada por mais tempo”, afirma (leia aqui).

“Está cedo para afirmamos que estamos no pico ou quando vamos sair, só saberemos quando começarmos a ter uma redução dos casos. Como teve aumento de ocorrências mais lentas é possível que teremos uma discreta redução e manter um platô. No entanto, não sabemos ainda se já estamos no pico ou já dentro da manutenção do platô”, afirmou o secretário Carlos Eduardo Amaral, ontem.

Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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