Rússia diz que pode registrar vacina para Covid-19 em agosto

mulher testa sangue
A primeira fase do teste foi feita em 38 voluntários (IMAGEM ILUSTRATIVA/Envato)

A Rússia anunciou, no domingo (12), que concluiu a primeira fase de testes de uma vacina contra a Covid-19. Segundo a Universidade Sechenov, os primeiros resultados, obtidos após um teste em dois grupos de 38 voluntários, iniciado em 18 de junho, são satisfatórios.

Aleksandr Lukashev, diretor do Instituto de Parasitologia e Doenças Tropicais e Transmissíveis da Universidade Sechenov, afirmou à agência de notícias “Sputnik” que “esta etapa mostrou que a segurança da vacina […] está em pé de igualdade com a de outras vacinas no mercado”. O cientista afirma que os membros do primeiro grupo de voluntários receberão alta no dia 15 de julho, e os do segundo, no dia 20 de julho.

“Por volta da data de 14 a 15 de agosto, espero que uma pequena quantidade da vacina possa ser posta em circulação”, disse Alexander Gunzburg, diretor do Instituto Gamaleya de Pesquisa Científica de Epidemiologia, à agência estatal Ria Novosti.

Não foram publicados estudos ou artigos científicos sobre a pesquisa e o desenvolvimento da vacina. Ainda assim, o diretor do Instituto de Medicina e Biotecnologias da universidade, Vadim Tarasov, garante que os primeiros testes foram concluídos com sucesso.

Segunda fase

Alexander Gintsburg disse à Ria Novosti que uma segunda fase do teste durará até o dia 28 de julho. Depois disso, eles enviarão um pedido de registro da vacina. O cientista enfatizou que, paralelamente, os especialistas continuarão realizando observações, e acrescentou que, se as pessoas tiverem efeitos colaterais sérios, o Ministério da Saúde tem o direito de retirar a permissão.

Segundo Elena Smolyarchuk, diretora do Centro de Estudos Clínicos de Novos Medicamentos da Universidade Sechenov, os efeitos colaterais da nova vacina eram os “usuais”: vermelhidão no local da punção e, em alguns casos, dor de cabeça, febre, irritação na garganta ou dor nas articulações. Ainda de acordo com ela, “nenhum desses efeitos adversos, no entanto, durou mais de um dia ou exigiu intervenção médica”.

O diretor do instituto de pesquisa afirma que tem esperança de que o registro da vacina possa ser feito entre os dias 2 e 4 de agosto. Se os resultados continuarem sendo satisfatórios em agosto, as empresas poderão começar a produzir a vacina em setembro.

Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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