O SinepMG (Sindicato das Escolas Particulares de Minas Gerais) divulgou, nesta terça-feira (14), um documento com orientações para a retomada das atividades presenciais nas escolas, que ainda não tem previsão de data. No texto, o sindicato esclarece que não há pretensão de “antecipar ou pressionar o retorno das aulas presenciais”, decisão que deve ser definida pelos órgãos oficiais.
O documento, elaborado em parceria com a Ameci (Associação Mineira de Epidemiologia e Controle de Infecções) tem 32 páginas e é dividido entre orientações para gestores e líderes das escolas, protocolos de saúde, jurídicos e pedagógicos. Entre as recomendações previstas estão o uso de máscara por professores, alunos e funcionários, o distanciamento entre as carteiras e a redução do número de alunos por sala. As instituições também devem proteger aqueles funcionários que estão no grupo de risco da Covid-19.
O manual foi feito com base em protocolos de outros estados e até de outros países, mas o sindicato destaca que ainda não há uma resposta concreta sobre como agir nesta situação: “Como o contexto é muito novo para todos, ainda não possuímos experiências comprovadas no Brasil ou no mundo sobre a melhor forma de equilibrar as variáveis envolvidas, mas vamos nos esforçar para que, juntos, possamos buscar as melhores soluções para garantir uma retomada segura”.
Regras e adaptações
Além das recomendações mais básicas, o documento estipula ainda algumas regras específicas para o ambiente escolar. Uma delas é a necessidade de se criar alternativas para os alunos que optarem por não participar das atividades presencialmente. “[A escola] deve providenciar, quando necessário, recursos que possibilitem aos estudantes (cujos pais ou responsáveis não se sintam confortáveis com o retorno de seus filhos às aulas presenciais), a transmissão ou acesso às aulas”, prevê o manual.
Para isso, as escolas precisam ter um cronograma flexível que permita aos alunos ter acesso integral ao conteúdo das aulas, seja na modalidade virtual ou presencial. Para o espaço escolar, também é necessário definir uma escala que possibilite maior frequência de higienização de todos os ambientes, além de distribuir cartazes de conscientização nos espaços comuns.
Além disso, mesmo com a retomada das atividades, as instituições de ensino ficam proibidas de realizar atividades que promovam aglomeração e devem estipular ferramentas para oferecer atendimentos, de forma remota ou presencial, “que ajudem a comunidade escolar em sua saúde mental/socioemocional e que auxiliem nas incertezas contínuas causadas pela pandemia da Covid-19”.
O documento na íntegra pode ser acessado aqui.