Covid-19: Aumento de casos e relaxamento de medidas sanitárias ‘brecam’ flexibilização do comércio em BH

comércio fechado bh
Comércios que não são considerados essenciais seguem de portas fechadas (Amanda Dias/BHAZ)

Belo Horizonte não tem projeção de data para a reabertura do comércio. É o que informam médicos infectologistas que integram o Comitê de Enfrentamento à Epidemia da Covid-19 na cidade. O aumento de diagnósticos positivos aliado a um possível relaxamento da população em relação às medidas sanitárias são alguns dos fatores que contribuem para a indefinição. Atualmente, somente os segmentos considerados essenciais estão autorizados a funcionar na capital.

“Vivenciamos o pior momento da pandemia e nem sabemos se chegamos ao pico. E, se chegou, não sabemos quanto tempo vai durar. É um erro programar data quando indicadores estão no pior momento. Não podemos prever, pois seríamos irresponsáveis. Não sabemos como será o comportamento do vírus na semana que vem, nem mesmo amanhã”, diz o médico infectologista Estêvão Urbano.

A capital mineira, até esta quarta-feira (15), tem 12.231 casos confirmados de Covid-19 e 297 mortos, segundo o Boletim Epidemiológico e Assistencial. A onda crescente de diagnósticos positivos faz com que a PBH não autorize o avanço da flexibilização. O objetivo é evitar aglomerações e fazer com que o vírus circule menos na capital.

“Temos que manter o isolamento. Se a gente sinaliza que vamos abrir, vai transmitir uma mensagem ruim. As pessoas podem pensar que está tudo bem e vão voltar a fazer festa, aglomerar e lotar os centros comerciais. Isso pode antecipar uma, provável, segunda onda e pode, até mesmo, emendar com a outra. É importante a população seguir as recomendações”, destaca o médico infectologista Unaí Tupinambás.

Perguntado se a flexibilização acontecerá até o fim da primeira quinzena de agosto, Tupinambás afirma. “Não dá para prever quando vamos flexibilizar. Se acontecer um milagre, pode ser até antes”.

Vacina

Segundo o infectologista Estêvão Urbano, a flexibilização deveria acontecer somente quando haver vacina contra o novo coronavírus. No entanto, o especialista ressalta que isso não é viável por uma série de motivos.

“É que as pessoas não aguentam emocionalmente e economicamente, mas toda flexibilização só deveria ser feita, do ponto de vista de proteção à vida, quando a vacina estivesse pronta. Na flexibilização tudo traz problema, pois o vírus transmite com aglomeração, contato próximo. Tudo que for passível de aglomeração traz problemas e temos que tentar minimizar para achar a fórmula que tenha mais prós do que contras. Ainda não temos”.

Reforce a proteção contra o vírus

A SES-MG (Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais) orienta que a população tome algumas medidas de higiene respiratória para evitar a propagação da doença, são elas:

  • Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
  • Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
  • Evitar contato próximo com pessoas doentes.
  • Ficar em casa quando estiver doente.
  • Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
  • Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.
Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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