Morreu nesta quarta-feira (15), no Hospital Madre Teresa, na região Oeste de Belo Horizonte, o empresário José Osvaldo de Faria, de 66 anos. Ele é a nona vítima da intoxicação por dietilenoglicol da Backer. A informação foi confirmada por meio das redes sociais de familiares de outras vítimas da cervejaria.
O empresário ficou mais de 500 dias internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Ele foi intoxicado bem antes de o caso ser descoberto pelas autoridades policiais e pela sociedade. Ele havia consumido cerveja do Belorizontina, da Backer. Durante o período no hospital, José Osvaldo teve cinco paradas cardiorrespiratórias, nove pneumonias e infecções recorrentes por conta do envenenamento muito agressivo.
No início de junho, pensando em trazer um pouco de alívio, pelo menos na parte financeira, a filha do empresário, Letícia Reis, sugeriu que a família pedisse ajuda e fizeram uma vaquinha online. “Ela deu a ideia porque ele é muito querido, muito palhaço. Ele é aquele cara que você quer estar do lado dele”, comentou a esposa de José Osvaldo, Eliana Reis na época (relembre aqui).
Conclusão do inquérito
A Polícia Civil de Minas Gerais terminou o inquérito sobre o caso envolvendo a cervejaria Backer no dia 9 de junho e indiciou 11 pessoas por crimes diversos, tais quais homicídio, lesão corporal, falso testemunho e extorsão. Os gestores, como a empresária Paula Lebbos, não vão responder por homicídio, mas serão indiciados (veja aqui).
O trabalho de investigação da polícia mineira durou cinco meses e indicou que a Backer assumiu o risco de contaminar os consumidores ao ignorar os procedimentos indicados pela própria linha de fabricação da cervejaria. Segundo o trabalho dos investigadores, dois vazamentos fizeram com que os produtos tóxicos se misturassem às cervejas, provocando a intoxicação de 29 vítimas.
