O secretário de planejamento e gestão do Governo de Minas, Otto Levy, utilizou os problemas financeiros do Cruzeiro para explicar os desafios enfrentados pela gestão de Romeu Zema (Novo). Durante uma solenidade da ALMG (Assembleia Legislativa de Minas Gerais), nesta quinta-feira (16), ele comparou os problemas do time aos do Estado e pontuou que ambos estão “quebrados”.
O argumento foi utilizado durante uma reunião para discutir a reforma da Previdência estadual. Na ocasião, o secretário recebeu um documento com propostas e reivindicações sindicais e, em seu discurso, explicou a situação “dramática”: “Eu comparo a situação financeira do Estado à do Cruzeiro, porque é algo que as pessoas conseguem entender facilmente. O Estado quebrou, temos que encarar esse problema”, disse.
O secretário de Governo Igor Eto, que acompanhou Levy na reunião, também citou a Raposa para defender que Minas conseguirá se reerguer e “retomar seu lugar na história”: “O Estado é como o Cruzeiro, um gigante que enfrenta o seu pior momento na história, mas que vai superar com atitudes como essa [reforma da Previdência] e encarando problemas”, pontuou.
Reivindicações e polêmicas
O documento com mais de 300 páginas de sugestões apresentadas por servidores e cidadãos para alterações da proposta de reforma Previdência foi entregue aos secretários pelo presidente da Assembleia, o deputado Agostinho Patrus (PV). Patrus ressaltou que as sugestões são fruto de sete reuniões, com mais de 28 horas de debate, com cerca de 40 representações dos servidores do Estado.
Ele assumiu o compromisso de que cada uma das sugestões populares será analisada antes da votação das propostas que tratam da reforma, o que deve ocorrer no próximo mês. “’Não é necessário estar perto, abraçar e olhar nos olhos para demonstrar o quanto você se importa. Basta ouvir.’ Foi isso que a Assembleia fez, demonstrando o quanto se importa com o servidor público”, afirmou o deputado.
Entre as questões mais polêmicas e que foram mais criticadas durante as reuniões de representantes dos servidores estão o aumento das alíquotas de contribuição, a possibilidade de contribuição extraordinária e as regras de transição. Diversas dessas questões foram criticadas por parlamentares em pronunciamentos realizados após a entrega do documento final do seminário.
Com ALMG
