Morreu na madrugada deste sábado (18), no Hospital Mater Dei, em Belo Horizonte, Marco Aurélio Gonçalves Cotta, de 65 anos. O idoso é a décima vítima da intoxicação por dietilenoglicol da cerveja Belorizontina, da Backer. A morte foi confirmada pela unidade de saúde.Marco estava internado há mais de seis meses e ficou em coma há 40 dias.
O idoso teve, durante o tratamento oito paradas cardiorrespiratórias, chegou a ser reanimado outras quatros vezes e, na última delas, ficou desacordado por oito minutos. A vítima teve paralisia facial, realizava hemodiálise e se alimentava por meio de sonda nasogástrica. Marco também apresentava confusão mental.
No começo de julho, a equipe médica informou aos familiares que o quadro era irreversível. O diagnóstico foi dado após a realização de ressonância magnética. Marco deixa esposa, um casal de filhos e uma neta. Os advogados da família apresentaram à Backer os gastos que tiveram com o tratamento de Marco.
Conclusão do inquérito
A Polícia Civil de Minas Gerais terminou o inquérito sobre o caso envolvendo a cervejaria Backer no dia 9 de junho e indiciou 11 pessoas por crimes diversos, tais quais homicídio, lesão corporal, falso testemunho e extorsão. Os gestores, como a empresária Paula Lebbos, não vão responder por homicídio, mas serão indiciados (veja aqui).
O trabalho de investigação da polícia mineira durou cinco meses e indicou que a Backer assumiu o risco de contaminar os consumidores ao ignorar os procedimentos indicados pela própria linha de fabricação da cervejaria. Segundo o trabalho dos investigadores, dois vazamentos fizeram com que os produtos tóxicos se misturassem às cervejas, provocando a intoxicação de 29 vítimas.