Advogada é presa após tentar atropelar PMs na Pedreira Prado Lopes

viatura polícia militar
Mulher disse que estava tirando foto da viatura policial (FOTO ILUSTRATIVA – Amanda Dias/BHAZ)

Uma advogada de 34 anos foi presa após tentar atropelar policiais militares, na noite dessa terça-feira (21), na Pedreira Prado Lopes, na região Noroeste de Belo Horizonte. A mulher tem passagens pela corporação e disse que deveria ter passado o carro “na cabeça” dos agentes. A defesa da advogada nega a versão da PM e afirma que houve crime de abuso de autoridade por parte dos policiais.

De acordo com a PM, uma operação de patrulhamento era realizada na rua Carmo do Rio Branco, quando a advogada, em um Honda Civic, tentou jogar o veículo na direção dos militares para atropelá-los. A mulher saiu em alta velocidade e foi perseguida pelas ruas do bairro. Outras viaturas foram acionadas para ajudar na busca pela motorista.

Militares da Rotam (Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas) informaram que um carro, com as características do que era conduzido pela advogada, estava na Deplan (Delegacia de Plantão) 1. Os policiais foram à unidade e reconheceram a mulher, que foi presa por tentativa de homicídio e direção perigosa, conforme o registro da ocorrência.

‘Passado na cabeça’

Um dos policias que estava na Deplan informou que viu a advogada ligando para alguém e explicando que jogou o carro contra os militares. Ela informou, na ligação, que imaginou que seria abordada pelos policiais. Ainda durante a ligação, a defensora lamentou o ocorrido. “Deveria ter passado na cabeça do policial”, disse a mulher, segundo testemunhas.

Representante da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) foi chamado à delegacia e o carro da mulher foi apreendido. A advogada tem passagens pela polícia por desacato, ameaça, calúnia e por apresentar resistência à abordagem de autoridades de segurança. A ocorrência foi encerrada na Deplan 1.

Defesa nega

A defesa da advogada procurou o BHAZ e negou a versão dos militares. “O que supostamente ocorreu foi o crime de abuso de autoridade pela PM o que se comprova nos depoimentos prestados pelas testemunhas em sede de delegacia”, informou em nota que pode ser lida abaixo.

Nota da Defesa da advogada na íntegra

“A equipe de defesa da advogada conduzida, Dr. Támita Rodrigues Tavares e Patrícia Peres Coutinho, informam que as informações prestadas pela PM em sede polícia são inverídicas. O que supostamente ocorreu foi o crime de abuso de autoridade pela PM o que se comprova nos depoimentos prestados pelas testemunhas em sede de delegacia”.

Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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