Alerta vermelho para a Covid-19 impede reabertura do comércio em BH

Lojas fechadas no centro de Bh
Nível máximo de alerta para a Covid-19 impede reabertura das lojas em Belo Horizonte (Amanda Dias/BHAZ)

Da PBH

O número médio de transmissão por infectado (Rt) na capital, que na semana passada atingiu 1,00 voltou a crescer. Na média dos últimos sete dias atingiu 1,02, demonstrando que o número de casos tende a permanecer elevado. Esse resultado consta no 11º Boletim de Monitoramento, divulgado nesta sexta-feira (24) pela PBH (Prefeitura de Belo Horizonte). 

Sem uma redução maior do nível de contágio, a ocupação de leitos para Covid continuou no nível de alerta vermelho. O percentual de ocupação de leitos de UTI Covid aumentou de 85% para os atuais 87%, atingindo por alguns dias níveis acima de 90%. As internações nas enfermarias nesse mesmo período passaram de 74% para 75%.

O atual quadro não apresenta piora como há algumas semanas. O nível de transmissão está estável nos últimos 15 dias, contudo, gerando novos casos em patamar elevado.

Diante de tais indicadores, o termômetro da Covid-19 permaneceu, pela sétima semana consecutiva, no nível de alerta geral vermelho (máximo), o que balizou a decisão da Prefeitura por manter a cidade na fase de controle no processo de reabertura do comércio.

Dados da (SMS) Secretaria Municipal da Saúde demonstraram que na quinta-feira passada (17), a capital mineira contabilizava 13.559 casos confirmados de coronavírus e 320 óbitos. Nessa quinta-feira (23), o número de casos saltou para 16.100 e o de mortes para 417. Aumento de 18% e 30%, respectivamente, em apenas sete dias.

Nova reunião

Mesmo não permitindo a flexibilização neste momento, a Prefeitura afirma que continuará mantendo o diálogo com as entidades representativas dos diversos setores econômicos. Uma nova reunião com Abrasel e CDL/BH (Câmara de Dirigentes Lojistas)) será agendada para a próxima semana, quando a PBH apresentará uma avaliação da proposta do nível de leitos para liberação da abertura e das fases indicadas por essas entidades.

“É importante reforçar  que não bastam os leitos como critério de abertura, uma vez que, desde 15 de maio, tem se monitorado também a velocidade de transmissão do vírus (Rt) – outro determinante para o processo de reabertura”, disse o  secretário municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão, André Reis.

Flexibilização

De acordo com o secretário municipal de Saúde, Jackson Machado, não se pode considerar que a expansão de leitos por si só proporcione flexibilizações nas atividades econômicas porque o descontrole na expansão da doença é sempre muito superior à capacidade de expansão da atenção à saúde, considerando leitos, profissionais e insumos.

“A vontade da Prefeitura é que toda a cidade estivesse aberta e em funcionamento pleno. Porém, a atual situação da pandemia, de curva ascendente de casos e óbitos pela Covid-19, impede a reabertura de serviços não essenciais”, afirma Jackson Machado.

Além disso, ele explica que abrir o comércio pode sinalizar à população que a epidemia está sob controle, quando o número de casos está muito alto ainda.

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