Mercado Central já fechou 29 lojas desde o início da pandemia

corredor mercado central
Mais de 200 lojas estão proibidas de funcionar e queda no movimento preocupa (Amanda Dias/BHAZ)

Desde o início da pandemia, o comércio em Belo Horizonte já sofreu muitos impactos e até mesmo um dos principais símbolos da capital foi afetado: em apenas alguns meses, o Mercado Central já teve 29 lojas fechadas em decorrência da crise gerada pelo avanço da doença. A queda no movimento ameaça os estabelecimentos que ainda sobrevivem e preocupa a administração de um dos maiores cartões-postais da cidade.

Luiz Carlos Braga, superintendente do Mercado, contou ao BHAZ que não foram apenas lojas de produtos não essenciais – proibidas de funcionar por decreto da prefeitura – que encerraram definitivamente as atividades. “Foram 29 lojas fechadas de vários segmentos, de laticínios, utilidades domésticas, produtos para feijoada, suplementos alimentares… Lojas normais, que podiam abrir”, detalha.

Atualmente, estão funcionando apenas 110 das 380 lojas que movimentavam o público do mercado antes da pandemia. O cenário, já preocupante, é agravado pela incerteza acerca do que pode acontecer no futuro. “É uma situação delicada que o mundo todo passou e que agora é com a gente. Nos preocupa principalmente porque está demorando a passar. É angustiante”, pontua o superintendente.

Queda brusca de público

Outro fator preocupante e que pode determinar o futuro de muitas das lojas que ainda estão abertas é a queda no público do mercado nestes últimos meses. De acordo com Luiz Carlos, desde o início da pandemia, a quantidade de pessoas que frequentavam o espaço diminuiu em 80%: “Antes eram 31 mil pessoas por dia e hoje são menos de 2 mil”.

Apesar das dificuldades, o Mercado continua tomando todos os cuidados para evitar a contaminação dos clientes. “Eu tinha oito portões funcionando, hoje só tenho três e ainda assim com controle de público. Só podem entrar 370 pessoas simultâneas e com toda a preocupação, usando máscara, álcool gel…”, explica Luiz Carlos.

Mesmo assim, o futuro é incerto e há poucos sinais positivos aos quais se apegar: “Infelizmente, você não sabe o que vai ser semana que vem. Hoje é uma coisa, depois volta, piora… Isso é o que nos preocupa. Estamos do lado dos nossos comerciantes, mas isso nos preocupa muito”.

Giovanna Fávero[email protected]

Editora no BHAZ desde março de 2023, cargo ocupado também em 2021. Antes, foi repórter também no portal. Foi subeditora no jornal Estado de Minas e participou de reportagens premiadas pela CDL/BH e pelo Sebrae. É formada em Jornalismo pela PUC Minas e pós-graduanda em Comunicação Digital e Redes Sociais pela Una.

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