Lançada rede de cursinhos populares e comunitários da UFMG

Estudantes campus ufmg
Outras iniciativas semelhantes foram consideradas na criação do projeto (Amanda Dias/BHAZ)

Da UFMG

A pró-reitoria de Extensão e os cursinhos preparatórios da UFMG lançaram a Rede de Cursinhos Populares e Comunitários, com objetivo de fortalecer a atuação dos projetos e desenvolver ações conjuntas para a democratização do acesso à universidade pública. Entre outras ações, estão previstas a realização de seminário para discutir questões conceituais e metodológicas sobre a educação popular e a construção de diretrizes de atuação.

“Vamos nos debruçar sobre a redação dos princípios, dos fundamentos e das diretrizes que nortearão os cursinhos da nossa rede. Entendemos que isso, talvez, seja o elo mais forte entre os nossos projetos”, destaca a professora do Centro Pedagógico, Renata Amaral.

No encontro virtual que marcou o lançamento da rede, no último dia 24, os representantes do projetos também apresentaram breve histórico de cada cursinho e os principais desafios que têm encontrado na atuação com alunos de várias comunidades de Belo Horizonte, da região metropolitana e com refugiados e imigrantes. Foram apresentadas experiências consolidadas, como a do Cursinho Equalizar, com 12 anos de atuação, e iniciativas recentes, como a do Cursinho Guimarães Rosa, da Faculdade de Medicina.

Encontro reuniu representantes da Proex e dos cursinhos
Encontro reuniu representantes da Proex e dos cursinhos (Reprodução/Acervo Proex)

Outro aspecto discutido foi a atuação de estudantes da UFMG beneficiados pelos cursinhos antes do ingresso na Universidade. “Assim que entrei aqui, quis colaborar em algum cursinho, como forma de retribuir o apoio que recebi”, afirmou Frank Lucas Xavier, estudante do curso de História e voluntário do Instituto Equale.

O encontro virtual contou com a participação de representantes dos cursinhos Equalizar (Engenharia), Humanizar (Fafich), Guimarães Rosa (Medicina), Dom Quixote (Letras), FaceEduca (Face), Programa de Educação de Jovens e Adultos (Eja), do Centro Pedagógico da UFMG, Pró-imigrantes (Letras), Instituto Equale e da Proex.

Recursos

A pró-reitora de Extensão, professora Claudia Mayorga, acredita que o trabalho em rede, fomentado pela Pró-reitoria para construir políticas e ações coletivas em torno de pautas de interesse público, deverá potencializar a ação dos cursinhos nas comunidades populares.

“Os cursinhos têm oferecido grande contribuição para o fortalecimento do acesso à universidade pública nessas comunidades. Eles se dedicam a discutir, além do conteúdo das disciplinas, a educação pública como direito, a história da universidade pública e as políticas de inclusão recentemente implementadas em todo o Brasil”, afirmou a pró-reitora.

Claudia Mayorga informou ainda que a UFMG foi contemplada com recurso de emenda parlamentar que será empregado no apoio às ações dos cursinhos da Universidade direcionadas ao diálogo com outros programas de preparação de estudantes em Belo Horizonte e na Região Metropolitana.

Guilherme Gurgel[email protected]

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Escreve com foco nas editorias de Cidades e Variedades no BHAZ.

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