No sufoco (mas quem importa?)! Cruzeiro vence na estreia da Série B

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Cacá marcou o primeiro gol cruzeirense (Gustavo Aleixo/Cruzeiro)

A estreia que nenhum cruzeirense gostaria de presenciar, enfim, ocorreu na noite deste sábado (8). O Cruzeiro fez o primeiro jogo na Série B do Brasileirão e, mesmo com sofrimento, alcançou o objetivo principal: vencer e descontar os seis pontos negativos com os quais iniciou a disputa da divisão inferior do campeonato nacional.

O próximo compromisso do clube azul já é na próxima terça-feira (11). Como a disputa de hoje contra o Botafogo-SP foi dentro de casa, no Mineirão, o confronto contra o Guarani será no interior paulista, em Campinas. Com a vitória, o Cruzeiro continua na lanterna da Série B, mas diminui a pontuação negativa: agora são -3.

Para os mais desavisados, o clube celeste começou o campeonato com essa pontuação incomum por causa de uma punição da Fifa devido a uma dívida de R$ 5 milhões. O Cruzeiro se comprometeu a pagar esse valor, em 2016, para o Al-Whada, dos Emirados Árabes, pelo volante Denílson – e não pagou até hoje.

Lá e cá

Se o jogo não primou pela técnica, ao menos teve lances agudos. Logo aos 4, o Cruzeiro já poderia ter aberto o placar. O lateral Cáceres fez interessante tabela com Stênio pela direita e cruzou na medida para Maurício. O meia finalizou firme, mas rente à trave, para fora.

O Botafogo-SP respondeu rapidamente. O atacante Ronald ganhou de Giovanni e ficou no mano a mano contra Cacá, já dentro da área. O jogador paulista ensaiou um corte, mas preferiu simular um pênalti do que tentar finalizar a ação. Ganhou um amarelo.

Petardos

Os times chegaram muito perto da abertura do placar com dois chutes fortíssimos de fora da área. Aos 10, Naldo pegou o rebote da zaga celeste e exigiu mais uma das intervenções cirúrgicas de Fábio. Aos 22, foi a vez de Marcelo Moreno soltar uma bomba e ver Darley trabalhar tão bem quanto o colega de posição Fábio.

Histórico

O primeiro gol da história do Cruzeiro na Série B rolou – mas só no segundo tempo. Escanteio do lado esquerdo do ataque azul, aos 17 do 2T, Cáceres pegou o rebote da zaga paulista, colocou o marcador pra dançar e cruzou na cabeça de Cacá. O jovem zagueiro testou firme para abrir o marcador! 1 a 0.

Thiagoooo 2x

O atacante Thiago substituiu o ídolo Marcelo Moreno e, por duas vezes, ficou muito perto de ampliar. Primeiro após João Lucas cruzar pela esquerda – o zagueiro chegou primeiro e, mesmo assim, quase marcou contra. Na sequência, o atacante celeste aproveitou o escanteio e cabeceou forte – a bola passou raspando.

Quem não faz…

Logo após as oportunidades desperdiçadas, o castigo – aos 40! Em um lance que parecia controlado, Bolt cruzou na área cruzeirense e o meia Ferreira subiu mais alto que todo mundo para cabecear com violência. Fábio ainda fez bela defesa, mas a bola sobrou para o atacante Ronald deixar tudo igual no Mineirão.

Ufa!

Quando estava tudo se encaminhando para mais um martírio celeste, Welinton ignorou completamente o marcador, chegou à linha de fundo e rolou para a entrada da área. O experiente Jean dominou e finalizou rasteiro para garantir os primeiros três pontos do Cruzeiro.

Ah, e nos acréscimos ainda teve mais sofrimento. Em cruzamento na área azul, o Botafogo-SP quase conseguiu cabecear para o gol – e ainda pediu por pênalti após a bola bater no braço de João Lucas. Mas fim de papo: Cruzeiro 2 a 1.

FICHA TÉCNICA
CRUZEIRO 2X1 BOTAFOGO-SP

Local: Estádio Mineirão, Belo Horizonte (MG)
Data: 08 de agosto de 2020, sábado
Horário: 19h (de Brasília)
Árbitro: Alisson Sidnei Furtado (TO)
Assistentes: Fábio Pereira (TO) e Cipriano da Silva Sousa (TO)
Cartões Amarelos: Ariel Cabral; Naldo e Ronald (Botafogo-SP)

GOLS:
CRUZEIRO: Cacá, aos 17 minutos do 2º tempo, e Jean, aos 42 minutos do 2º tempo.
BOTAFOGO-SP: Wellington Tanque, aos 40 minutos do 2º tempo.

CRUZEIRO: Fábio; Cáceres, Cacá, Léo e Giovanni (João Lucas); Jadsom, Ariel Cabral e Régis (Claudinho); Maurício (Jean), Marcelo Moreno (Thiago) e Stênio (Wellinton)
Técnico: Enderson Moreira

BOTAFOGO-SP: Darley; Val (Jonata Machado), Robson, Jordan e Gilson (Guilherme Romão); Naldo (Ferreira), Victor Bolt e Matheus Anjos (Gustavo Henrique); Ronald, Wellington Tanque e Rafinha (Luketa)
Técnico: Claudinei Oliveira

Thiago Ricci[email protected]

Editor-executivo do BHAZ desde agosto de 2018, cargo ocupado também entre 2016 e 2017. Jornalista pós-graduado em Jornalismo Investigativo, pela Abraji/ESPM. Editor-chefe do SouBH entre 2017 e 2018; correspondente do jornal O Globo em Minas Gerais, entre 2014 e 2015, durante as eleições presidenciais; com passagens pelos jornais Hoje em Dia e Metro, TVs Record e Band, além da rádio UFMG Educativa, portal Terra e ONG Oficina de Imagens. Teve reportagens agraciadas pelos prêmios CDL, Délio Rocha, Adep-MG e Sindibel.

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