Filho de goleiro Bruno diz que o pai deveria ficar em ‘prisão perpétua’

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Filho revelou se sentir ameaçado pela liberdade do pai (Arquivo Pessoal/Sônia Samúdio + Reprodução/@oficialbrunogoleiro/Instagram)

Em uma entrevista concedida no dia dos pais, o filho do goleiro Bruno criticou o pai e pediu que ele ficasse em prisão perpétua. Com apenas 10 anos de idade, Bruninho Samúdio, disse em áudio enviado ao portal ContilNet, que se sente muito ameaçado pelo atleta.

Após o assassinato de Eliza Samúdio, a mando do goleiro Bruno, a guarda de Bruninho ficou com a avó materna, Sônia Moura. Ao comentar a contratação do pai pelo Rio Branco Futebol Clube, do Acre, a criança revelou o sentimento de insegurança. “Infelizmente ele é uma ameaça para a sociedade, e eu me sinto muito ameaçado com isso”, disse.

Ao lado da avó, ele também falou sobre a pena que desejaria para o atleta. “No mínimo, ele deveria ficar em prisão perpétua, porque eu acho uma sacanagem tirar a vida de um ser humano. Não existe nenhum motivo que explique isso. Nenhum”, afirmou.

Bruno no futebol

Bruno foi condenado pelo homicídio triplamente qualificado de Eliza e pelo sequestro e cárcere privado do filho, Bruninho. A pena é de 20 anos e nove meses de prisão. Em julho de 2019, ele progrediu para o regime semiaberto e, com autorização da Justiça, pode trabalhar durante o dia.

A decisão foi alvo de críticas, principalmente depois que o goleiro teve a possibilidade de voltar aos gramados. Na época, a mãe de Eliza lamentou que Bruno pudesse ser tratado como ídolo. “Ver pais levando os filhos para exaltar um assassino é uma inversão de valores. Eu acredito muito na ressocialização, inclusive na dele. Mas não no esporte. O esporte envolve ser ídolo e como um assassino vai ser ídolo de alguém?”, disse em entrevista ao Uol.

Recentemente, Bruno foi contratado pelo Rio Branco Futebol Clube. Mais uma vez, a decisão foi rodeada de polêmica. Foram registrados protestos em frente à sede do clube e a técnica do time feminino chegou a se demitir após a contratação. “O atleta não é um mero profissional, ele é um exemplo para a sociedade, para os jovens. E como um homem que cometeu um crime bárbaro como esse pode ser exemplo para alguém?”, disse Rose Costa.

Guilherme Gurgel[email protected]

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Escreve com foco nas editorias de Cidades e Variedades no BHAZ.

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