Bruno Henrique de Souza de 35 anos é mais um técnico de enfermagem a perder a vida para a Covid-19 na capital. Ele trabalhava no CTI do Hospital Belo Horizonte e na Home Care Cuidar. Depois de 37 dias de internação, o profissional faleceu no Hospital Metropolitano Dr. Célio de Castro, o Hospital do Barreiro.
De acordo com o Sindibel (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Belo Horizonte), a morte de Bruno é a oitava de um profissional da saúde na cidade e todos eram técnicos de enfermagem.
Até o momento, segundo o Sindibel, as mortes somadas são quatro de profissionais da PBH (Gerônimo, Celio, Josielle, Shirlene), três da Fhemig (Maria Aparecida, Renê e Luis) e agora, Bruno, primeiro de um hospital da rede privada. Bruno deixa esposa, uma filha de 4 anos e um enteado de 14.
Ao BHAZ, o membro do Conselho Municipal de Saúde de Belo Horizonte, médico Bruno Pedralva diz que “todas as mortes pela Covid são evitáveis. Vidas perdidas, pessoas enlutadas. Não vamos dizer ‘E daí’. Ele era filho de Dona Edna, da Comissão Local de Saude do CS Granja de Freitas, uma lutadora pela vida, pelo SUS”, relata.
Reavaliar testagem e equipamentos
Para o presidente do Sindibel, Israel Arimar de Moura, é preciso reavaliar sobre como são feitas as testagens. “Temos que ter um controle maior das testagens. Vamos questionar a prefeitura sobre o protocolo de testagem dos profissionais. Quando um trabalhador testa positivo, queremos que seja feito o exame PCR em todos os outros”, explica.
Moura ainda diz que é preciso olhar também os equipamentos de proteção. “Os técnicos de enfermagem estão na linha de frente no combate da pandemia. É preciso que seja reavaliados os equipamentos de proteção, de forma urgente”.
