Atualizado às 18h49 do dia 1708/20 para incluir posicionamento da PBH.
Os profissionais de saúde que estão designados para atuar no hospital de campanha de Belo Horizonte serão redirecionados para trabalharem em outros hospitais estaduais, já que, segundo a SES-MG (Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais), a demanda pelos leitos da estrutura não é suficiente. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (17) pelo secretário de estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, em entrevista coletiva, e o redirecionamento já começa a partir de hoje.
Segundo o secretário, os motivos da realocação foram “a ausência de demanda pelos leitos do hospital de campanha; a melhoria do percentual de ocupação dos leitos no estado, em especial na região Central; e a tendência de redução dos casos de Covid-19 no estado”. Ele ressalta que a reestruturação significa “uma boa notícia para todos os mineiros”. A ocupação dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) na região Central atualmente está em 73,31%, e o índice de ocupação nas enfermarias na região está em 64,85%.
“O hospital de campanha foi estruturado como última opção de reforço no combate ao coronavírus, em um cenário de alto índice de transmissão e estrangulamento do sistema de saúde do estado, algo que, felizmente, não aconteceu”, afirmou Carlos Eduardo. Os profissionais serão redirecionados para atuarem na rede Fhemig (Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais), nas unidades Eduardo de Menezes, Júlia Kubitschek, João XXIII e Galba Veloso.
PBH recusou proposta
O secretário de estado de Saúde mencionou, ainda, algumas opções para a utilização do espaço físico do hospital de campanha. Segundo ele, foi feita uma sugestão pelo Estado de Minas Gerais, em conjunto com o MPMG (Ministério Público de Minas Gerais), para que a PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) usasse o espaço para receber populações vulneráveis de aglomerados. De acordo com o secretário, a PBH recusou a proposta.
“Ficou decidido que, em um primeiro momento, a estrutura física do hospital de campanha permanecerá montada para utilização caso necessário. A ocupação de leitos continuará sendo monitorada diariamente, assim como os índices de transmissão. A destinação final da estrutura física será anunciada futuramente”, completou o secretário Carlos Eduardo Amaral.
Procurada pelo BHAZ, a PBH disse por meio de nota (leia na íntegra abaixo) que “o hospital de campanha nunca foi utilizado” desde que montado pelo Governo de Minas e que “agora querem transferir o problema”.
Covid-19 em Minas
Hoje, segundo o boletim epidemiológico divulgado pela SES-MG, Minas Gerais registra 175.715 casos confirmados de Covid-19 e 4.223 óbitos causados pela doença. Nas últimas 24 horas, foram registrados mais 1.313 casos e 91 novas mortes. Confira o que mudou em relação ao boletim de ontem:
- 175.715 casos confirmados (aumento de 0,75%)
- 29.374 casos em acompanhamento (aumento de 0,6%)
- 142.118 casos recuperados (aumento de 0,7%)
- 4.223 óbitos confirmados (aumento de 2,2%)
Nota da PBH na íntegra
Desde que montado pelo Governo do Estado, o hospital de campanha nunca foi utilizado. Agora querem transferir o problema. Em vez disso, o Governo poderia assumir o protagonismo de abrigamento de pessoas em situação de vulnerabilidade de outras cidades, que não contam com a estrutura de Belo Horizonte.