Galo pressiona, mas amarga primeira derrota com Sampaoli e deixa liderança

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Galo pressionou, mas conheceu a primeira derrota com Sampaoli (André Fabiano/Código 19/Folhapress)

Por Lohanna Lima, especial para o BHAZ

O Atlético bem que tentou, mas não conseguiu evitar o primeiro revés sob o comando do técnico Jorge Sampaoli. No encontro com o Botafogo, nesta quarta-feira (19), o Galo saiu de campo derrotado por 2 a 1. Com o resultado, o alvinegro mineiro perdeu os 100% de aproveitamento no Brasileirão, além da liderança da competição que, agora, pertence ao Internacional.

Se, de um lado, o jogo sacramentou a primeira derrota do Atlético, do outro, consolidou a primeira vitória do Botafogo. Esse foi o primeiro triunfo dos cariocas, que possuem um jogo a menos na competição devido às finais dos estaduais que afetaram a rodada inicial do torneio nacional. No próximo domingo (23), o time carioca enfrenta o Flamengo, às 11h, no Maracanã.

Já o Atlético terá um encontro interessante na próxima rodada. A equipe mineira poderá recuperar a liderança do campeonato, já que vai a Porto Alegre enfrentar o mais novo líder do Brasileirão, o Internacional, no sábado (22), às 19h, no Beira-Rio.

Prancheta de Sampaoli

Uma das marcas registradas de Sampaoli é mexer na formação inicial e no esquema tático do time a cada jogo e, desta vez, não foi diferente. Para enfrentar o Botafogo, o técnico argentino fez três alterações na equipe em relação ao jogo da última rodada contra o Ceará. Igor Rabello entrou na vaga de Réver na zaga, já o volante Jair começou no banco enquanto Guilherme Arana retornou à lateral esquerda. No ataque, Marquinhos iniciou a partida no lugar de Savarino.

Início movimentado

Os primeiros 15 minutos foram agitados para as duas equipes – tanto que os goleiros Rafael e Gatito Fernandez foram experimentados nos lances iniciais. Em um chute de Luis Henrique, aos seis minutos, o goleiro atleticano fez uma boa defesa. Keno respondeu na sequência com um chute de fora da área. Atento, Gatito espalmou para a linha de fundo.

Deixa disso, pessoal!

O jogo seguia tranquilo quando Marrony e Guilherme Santos se estranharam no meio-campo. O atleticano não gostou de um empurrão do botafoguense e ambos começaram a discutir de maneira acalorada. Rapidamente, jogadores das duas equipes chegaram para dispersar a confusão. Entre eles, Igor Rabello, que jogou no Botafogo e conhece bem as duas partes.

Trave inimiga

Aos 24, o Atlético teve uma grande oportunidade de abrir o placar, mas o travessão não deixou. Após cobrança de escanteio de Hyoran pelo lado esquerdo, o paraguaio Alonso subiu livre para cabecear contra o gol de Gatito Fernandez. A bola subiu e triscou no travessão evitando o primeiro gol do Galo no jogo.

Resposta eficiente

Dois minutos depois foi a vez do Botafogo se lançar ao ataque. Luis Henrique avançou com liberdade pelo lado esquerdo, passou por Guga e cruzou para dentro da área. Rafael fez a defesa, mas soltou na sequência. Oportunista, Luiz Fernando empurrou para dentro do gol atleticano, no momento em que a equipe mineira tinha os melhores números de posse de bola (69%) e de finalizações (7 a 2).

Pressão pelo empate

Após o gol da equipe carioca, o Atlético seguiu com a proposta de pressionar o Botafogo. O time de Sampaoli finalizou muitas vezes, acionando principalmente os atacantes de lado de campo. O Galo teve mais uma grande oportunidade com Marquinhos, que cabeceou para o gol e exigiu uma ótima defesa de Gatito. Já nos acréscimos, o Botafogo quase fez o segundo com Pedro Raul. De frente para o Rafael, o atacante chutou forte, mas isolou.

Lá e cá

Mesmo com o resultado desfavorável, Sampaoli decidiu não mexer no time no intervalo e o Galo começou a segunda etapa em cima do Botafogo. Hyoran teve as duas primeiras oportunidades. Na primeira, ele chutou para longe. Na segunda, após ótima jogada de Marquinhos pela esquerda, ele chutou cruzado para outra boa intervenção de Gatito. O Botafogo tentou responder e até reclamou de uma possível penalidade aos 12 minutos. Os cariocas pediram toque de mão de Marrony na área, mas o VAR mandou o jogo seguir.

Na trave de novo

O Atlético insistiu pressionando e a trave foi, de novo, inimiga do Galo. Aos 24, os jogadores que saíram do banco para a segunda etapa protagonizaram grande jogada. Bruno Silva cruzou da esquerda para dentro da área, onde estava Savarino. O venezuelano chegou batendo e a bola explodiu no travessão. Logo na sequência, o Botafogo respondeu com Bruno Nazário. Ele chutou da entrada da área e Rafael fez boa defesa.

Botafogo cirúrgico

Apesar da insistência do Galo, o Botafogo foi eficiente e garantiu a primeira vitória no Brasileirão. Aos 31, o time da casa teve um gol anulado após toque de mão de Matheus Babi antes da conclusão de Bruno Nazário. Mas, dez minutos depois, Caio Alexandre sacramentou a vitória carioca. Após tabela entre Matheus Babi e Nazário, Caio, de carrinho, empurrou para o fundo do gol. Igor Rabello ainda descontou no último minuto do jogo, mas não conseguiu evitar o revés.

FICHA TÉCNICA
BOTAFOGO 2 X 1 ATLÉTICO

Local: Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)
Data: 19 de agosto de 2020 (Quarta-feira)
Horário: 21h30(de Brasília)
Árbitro: Flávio Rodrigues de Souza (Fifa-SP)
Assistentes: Neuza Ines Back (Fifa-SP) e Alex Ang Ribeiro (SP)
VAR: Marcio Henrique de Gois (SP)
Cartões amarelos: Barrandeguy e Danilo Barcelos (Botafogo)
GOLS
BOTAFOGO: Luiz Fernando, aos 26min do primeiro tempo; Caio Alexandre, aos 42min do segundo tempo
ATLÉTICO: Igor Rabello, aos 51min do segundo tempo

BOTAFOGO: Gatito Fernández, Federico Barrandeguy (Fernando), Marcelo Benevenuto, Kanu e Danilo Barcelos; Luiz Otávio (Caio Alexandre), Guilherme Santos e Luiz Fernando (Rhuan); Luis Henrique (Bruno Nazário), Matheus Babi e Pedro Raul (Rafael Forster)
Técnico: Paulo Autuori

ATLÉTICO: Rafael, Guga (Mariano), Igor Rabello, Junior Alonso e Guilherme Arana; Allan (Jair), Alan Franco (Savarino) e Hyoran; Marquinhos (Maílton), Keno e Marrony (Bruno Silva)
Técnico: Jorge Sampaoli

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