Governo teme que crise econômica sobrecarregue saúde em MG

Mulher internada em leito de hospital
Governo teme que demissões impactem em uma maior procura pelo sistema de saúde pública (FOTO ILUSTRATIVA Parentingupstream/Pixabay)

O Governo de Minas acendeu o alerta para possíveis impactos da crise econômica no sistema de Saúde do estado. Um levantamento feito pela SES-MG (Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais) identificou que 86% dos planos de saúde ativos em Minas são corporativos e que, em caso de demissões, grande parte desse público sobrecarregaria o sistema público.

As informações foram confirmadas pelo chefe de gabinete da SES-MG, João Pinho, na coletiva virtual diária do governo, realizada nesta quarta (26), na Cidade Administrativa. Segundo ele, o estado precisa entender que enfrenta dois problemas graves. “Temos que reconhecer sempre que vamos enfrentar uma situação de saúde e uma econômica. Quanto mais tempo a pandemia durar, tende a agravar ainda mais a situação econômica”, disse

Em relação ao estudo na saúde privada, João disse que o desemprego pode causar impactos. “Fizemos uma levantamento e identificamos que 86% dos planos de saúde são corporativos, ou seja, o vínculo de trabalho é o que vai garantir o plano de saúde dessas pessoas. Claro que algumas pessoas farão a contratação de planos privados, mas grande parte passará a contar apenas com a saúde pública. Entendendo que é uma situação com dois lados a serem trabalhados”, afirmou ao considerar a flexibilização das medidas de contenção à Covid-19 em todo o estado.

Covid-19 em Minas

Minas chegou a 201,9 mil casos confirmados do novo coronavírus hoje (26). De acordo com dados da SES-MG, nas últimas 24h foram 3,2 mil novos casos. O estado também tem, até o momento, 4.948 mortes em decorrência da Covid-19, sendo 101 delas registradas de ontem (25) para hoje.

Isso não quer dizer que as mortes tenham ocorrido de ontem para hoje, mas sim que foram registradas no sistema do governo. A secretaria comunicou hoje uma mudança no boletim epidemiológico que mostrará, de fato, quando as mortes registradas ocorreram.

De acordo com esse novo método, apenas 0,9% das mortes registradas hoje – 101 óbitos – ocorreram ontem. A maior parte das vítimas faleceu na última segunda (24), conforme gráfico abaixo:

gráfico mortes 24 minas dia 26 de agosto

Números

Veja os números do boletim desta quarta (confira na íntegra aqui) em comparação com os dados divulgados ontem:

  • 201.973 casos confirmados (aumento de 1,6%)
  • 4.948 óbitos confirmados (aumento de 2%)
  • 31.484 casos em acompanhamento (aumento de 0,4%)
  • 165.541 casos recuperados (aumento de 1,8%)
Edição: Roberth Costa
Rafael D'Oliveira[email protected]

Repórter do BHAZ desde janeiro de 2017. Formado em Jornalismo e com mais de cinco anos de experiência em coberturas políticas, econômicas e da editoria de Cidades. Pós-graduando em Poder Legislativo e Políticas Públicas na Escola Legislativa.

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