A operação da Polícia Federal que afastou o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), do cargo, também prendeu o pastor Everaldo Dias Pereira, presidente do PSC, nesta sexta-feira (28). Nas redes sociais, o nome do pastor foi um dos mais comentados nesta manhã e usuários relembraram que ele foi responsável pelo batismo religioso do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
O pastor ministrou o batismo de Bolsonaro em 2016, quando ele ainda era deputado federal, e a cerimônia foi realizada nas águas do rio Jordão, em Israel. À época, ele era filiado ao PSC (Partido Social Cristão), que o pastor Everaldo preside hoje. Witzel e Bolsonaro, que hoje são publicamente desafetos, eram aliados em 2016.
O Presidente do PSC, Pastor Everaldo, o mesmo que batizou Bolsonaro, foi preso na manhã de hj por suspeita de corrupção.
— Dino Debochado☭ (@DinoDebochado) August 28, 2020
Grande dia!?? pic.twitter.com/UizuOzKJkG
Católico, o então deputado Jair Bolsonaro se aproximou de líderes evangélicos antes de oficializar a candidatura à presidência. O pastor Everaldo, integrante da Assembleia de Deus, apresentou o presidente da República a várias personalidades de quem ele ainda é próximo, como o pastor Silas Malafaia.
Prisão
O pastor Everaldo Dias Pereira é acusado de corrupção na saúde e foi preso na manhã desta sexta-feira, após ter um mandado de prisão expedido pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça). Ele era esperado pela Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro), na próxima semana, para prestar depoimento a uma comissão que apura irregularidades durante a pandemia da Covid-19.
A operação Tris in Idem, da Polícia Federal, cumpre 17 mandados de prisão, e 84 de busca e apreensão. Wilson Witzel foi afastado do governo do Rio de Janeiro, também por ordem do STJ, já que a Procuradoria Geral da República afirma ter provas que o colocam “no vértice da pirâmide” dos esquema de fraudes investigados no estado.