Com homenagem ao ‘Pantera’, América bate o Cruzeiro em clássico inédito e chega ao G4

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Bauermann faz homenagem a Chadwick Boseman, astro de Pantera Negra (Gledston Tavares/FramePhoto/Folhapress)

Por Lohanna Lima, especial para o BHAZ

O primeiro clássico entre Cruzeiro e América na história da Série B terminou com a vitória dos comandados do técnico Lisca, por 2 a 1, no Mineirão. Enquanto o Coelho celebra a entrada no G4 da competição e o quarto jogo consecutivo sem perder, o Cruzeiro liga o alerta, uma vez que não vence há três partidas na Série B – série negativa que chega a quatro partidas, se considerado o empate com o CRB, que culminou na eliminação da Copa do Brasil.

Com o resultado, o América chegou aos 11 pontos, subiu quatro posições, e alcançou a terceira colocação na tabela de classificação. Já o Cruzeiro, com apenas quatro pontos somados, é o 14º colocado. A Raposa ainda pode perder mais posições na tabela, dependendo do resultado das partidas entre CSA x CRB e Operário x Brasil de Pelotas, que se enfrentam neste domingo, (30), às 19h.

As duas equipes mineiras voltam a campo na próxima quarta-feira (2). O América enfrenta o CSA, às 16h30, no Mineirão, e o Cruzeiro vai até o Rio Grande do Sul, onde enfrenta o Brasil de Pelotas, às 21h30, no Bento de Freitas.

Cadê o apito, gente?

Até os 24 minutos, parecia que o primeiro tempo do clássico não seria de grandes oportunidades para ambos os lados. Apesar da movimentação das duas equipes, nenhuma delas havia tido chances claras de gol ou exigido defesas difíceis de Fábio e de Matheus Cavichiolli. A essa altura, os lances mais curiosos do jogo tinham passado pela arbitragem. Primeiro, quando o árbitro Paulo César Zanovelli deixou o apito cair um pouco antes de marcar uma falta em Airton. Depois, o técnico Lisca deu uma verdadeira bronca no juiz, que não deixou barato e amarelou o técnico alviverde.

Zagueiro ou atacante?

Aos 25, o América abriu o placar no Gigante do Pampulha com Eduardo Bauermann. O zagueiro americano dividiu a bola no alto com Léo e se manteve posicionado dentro da área como um típico centroavante. A sobra ficou com Rodolfo, na linha de fundo, pelo lado esquerdo. Ele cruzou rasteiro para dentro da área, onde encontrou Bauermann pronto para finalizar para o fundo das redes de Fábio. Na comemoração, uma homenagem ao ator Chadwick Boseman, intérprete do Pantera Negra, que faleceu neste sábado após lutar contra um câncer.

Rodolfo brilha de novo

O América precisou de apenas seis minutos para marcar pela segunda vez. Aos 31, Rodolfo foi acionado novamente e teve papel importante na construção da jogada do gol alviverde, dessa vez pelo lado direito, nas costas de Giovanni. Ele cruzou para Matheusinho finalizar na segunda trave. Cáceres chegou a evitar a primeira tentativa do garoto, mas não a segunda. Bola no fundo do gol e mais festa para a equipe americana.

Aposta nos garotos

Insatisfeito com a atuação da equipe celeste na primeira etapa e ciente de que precisaria ir para cima do América para tentar reverter a situação, o técnico Enderson Moreira promoveu três mudanças de uma vez na volta do intervalo, apostando nos jogadores mais jovens que tinha à disposição no banco de reservas. O meia Maurício entrou na vaga de Régis, Ariel Cabral deixou o campo para a entrada de Jadsom e o lateral-esquerdo Giovanni deu lugar a Matheus Pereira.

Ineficiência azul

Com o placar favorável, o América teve ainda mais tranquilidade para controlar o jogo enquanto o Cruzeiro buscava impor mais presença no campo de ataque. No entanto, mesmo com as investidas, a equipe celeste seguiu sem conseguir construir jogadas ofensivas que levassem perigo ao gol do Coelho, deixando o goleiro Matheus Cavichiolli em situação confortável.

Arthur Caike dá esperança

Se a construção das jogadas de pé em pé não estava funcionando tão bem, o Cruzeiro conseguiu dar esperança ao torcedor com a bola parada. Aos 30, em uma falta pelo lado direito, Artur Caike cobrou com perfeição. A bola fez uma curva, passou por fora da barreira e bateu na trave esquerda antes de morrer dentro do gol.

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Arthur Caike diminui em cobrança de falta (Bruno Haddad/Cruzeiro)

Enderson Moreira aproveitou o momento para dar mais gás ainda à equipe e promoveu as entradas de Machado e Thiago nas vagas de Henrique e Marcelo Moreno, respectivamente. No entanto, não foi o suficiente para que o Cruzeiro revertesse a situação. Fim de papo no Gigante da Pampulha e 2 a 1 para o Coelho no primeiro clássico dos dois times na Série B.

FICHA TÉCNICA
CRUZEIRO 1 X 2 AMÉRICA

Local: Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
Data: 29 de agosto de 2020
Horário: 19h (de Brasília)
Árbitro: Paulo Cesar Zanovelli
Assistentes: Frederico Soares Vilarinho e Leonardo Henrique Pereira

Cartões amarelos: Lucas França (Cruzeiro); Daniel Borges, Matheusinho (América-MG)
Gols: Arthur Caíke, aos 30 minutos do segundo tempo (Cruzeiro); Eduardo Bauermann, aos 25 minutos do primeiro tempo; Matheusinho, aos 31 minutos do primeiro tempo (América)

CRUZEIRO: Fábio; Cáceres, Léo, Cacá e Giovanni (Matheus Pereira); Henrique (Machado), Ariel Cabral (Jadsom) e Régis (Maurício); Arthur Caíke, Airton e Marcelo Moreno (Thiago).
Técnico: Enderson Moreira

AMÉRICA: Matheus Cavichioli; Daniel Borges (Diego Ferreira), Messias, Eduardo Bauermann e João Paulo; Zé Ricardo, Juninho e Alê (Flávio); Matheusinho (Calyson), Toscano (Vitão) e Rodolfo (Léo Passos).
Técnico: Lisca

Edição: Thiago Ricci

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