Com movimento tímido, 1º dia de reabertura de parques leva alívio a crianças

parques de bh reabrem
Reabertura de parques ocorreu após cinco meses de fechamento (Rafael D’Oliveira/BHAZ)

Após cinco meses fechados por conta da pandemia do novo coronavírus, os parques municipais de Belo Horizonte voltaram a receber visitantes neste sábado (29). Durante a manhã, poucas pessoas foram aos locais. No entanto, a expectativa é de que, ao longo do dia, o movimento aumente, principalmente nos parques mais procurados como o Municipal e o Mangabeiras, que tiveram os ingressos esgotados (relembre aqui).

Durante a manhã, a maioria das pessoas que foram aos parques aproveitaram a reabertura para levar as crianças, que estão em casa com espaço limitado pra brincar. É o caso de William Borges, 33, que foi ao Mangabeiras bem cedo para levar o pequeno Guilherme, 2, para brincar.

Parque das Mangabeiras teve movimento tímido no 1º dia de reabertura
(Rafael D’Oliveira/BHAZ)

“Depois de tanto tempo com ele em casa, sem escola, sem poder andar até na rua direito, aproveitei a primeira oportunidade pra deixar ele [Guilherme] brincar. Ficar em casa deixa ele muito estressado, então, assim que abriuas inscrições, eu já reservei logo”, conta William.

Ainda no Mangabeiras, o farmacêutico Augusto Andrade, 43, realizava um piquenique na grama com as duas filhas e a companheira. Segundo ele, a reabertura foi uma oportunidade de fugir do isolamento, com segurança.

“Estávamos cansados de ficar em casa desde o início da quarentena. Foi bom reabrir para dar uma arejada, trazer as crianças pra passear. São cinco meses fechados, então foi uma boa oportunidade”.

Parque Municipal

Ao contrário dos sábados movimentados antes da pandemia, havia pouco movimento no Parque Municipal, no hipercentro de BH. Nele, as famílias também viram a oportunidade de aliviar o isolamento das crianças.

A publicitária Fernanda Almeida, 37, aproveitou para levar as duas filhas, Olivia e Clair, de 2 e 4, para brincar na grama do parque. “Quando reabriram ficamos muito animados porque as crianças estão presas em casa há muito tempo. E, como moramos em um apartamento pequeno, o máximo que elas faziam era descer até o estacionamento ou ir na padaria da esquina. Então elas não tinham muita coisa pra fazer e as brincadeiras dentro de casa já tinham acabado. Então vir ao parque é uma mudança de rotina, elas estão adorando”, conta.

No Parque Municipal, alguns aproveitaram para caminhar ao ar livre
(Rafael D’Oliveira/BHAZ)

A mãe acrescenta ainda que pretender voltar no próximo fim de semana com as meninas. “Adulto consegue se adaptar, mas a criança não consegue entender isso. A gente tenta inventar história de ‘vírus papão’, tenta explicar, mas não tem jeito. Elas querem correr e brincar na grama. E já estamos ansiosas pelo próximo fim de semana, pois se continuar assim vamos trazer elas de novo”, diz.

Matando a saudade

Houve quem também aproveitou a reabertura do espaço para mandar a saudade da cidade, como o publicitário Rodrigo Parreiras, que caminhou do bairro Renascença, região Nordeste da capital, até o parque.

“Sou de BH, mas moro em São Paulo. Estou passando esse mês aqui com a minha família, pois estou em home office. Aí, aos fins de semana, eu aproveito para fazer algumas caminhadas longas. Quando eu fiquei sabendo que o parque ia reabrir, eu reservei minha entrada pra vir matar a saudade. A gente precisa de um pouco de verde e contato com a natureza para espairecer um pouco”, relata.

Alívio e comodidade

No parque Nossa Senhora da Piedade, no bairro Aarão Reis, uma família encontrou a oportunidade de levar as crianças para brincar a poucos metros de casa e sem complicações, já que o local estava vazio.

(Rafael D’Oliveira/BHAZ)

“Foi uma ótima oportunidade para os meninos brincarem, respirar um pouco de ar puro. É muito tempo dentro se casa”, conta Bruno Chaves, de 40 anos. A companheira dele, a professora Fabiane Marques, 34, diz que vai voltar ao local. “Nós já somos acostumados a vir aqui dar ração aos peixes e pretendemos voltar durante a semana para passear mais com eles”, acrescenta.

Edição: Roberth Costa
Rafael D'Oliveira[email protected]

Repórter do BHAZ desde janeiro de 2017. Formado em Jornalismo e com mais de cinco anos de experiência em coberturas políticas, econômicas e da editoria de Cidades. Pós-graduando em Poder Legislativo e Políticas Públicas na Escola Legislativa.

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