Uma cratera gigante, de aproximadamente 50 metros de profundidade, apareceu no oceano Ártico, na Rússia, e tem intrigado moradores do país. O buraco foi descoberto após uma grande explosão na Tundra, após um verão que teve recorde de temperaturas. Acredita-se que a explosão foi provocada por “um acúmulo de gás metano no degelo do permafrost”. As informações são do The Sun.
O buraco gigante é a 17ª grande cratera a aparecer na região nos últimos seis anos. Mega-buracos anteriores geraram teorias de conspiração sobre tudo, desde locais de lançamento de OVNIs a testes nucleares do Kremlin. Blocos de terra e gelo foram lançados a “centenas de metros” do epicentro por uma “força colossal” causada pela explosão, dizem os cientistas. Pensa-se que o gás foi liberado no solo que foi congelado por milhares de anos, mas agora está começando a descongelar.
Descoberta por acaso
A nova cratera foi descoberta por uma equipe de TV de Vesti Yamal, que estava passando pelo local para gravar uma matéria não relacionada com o fato. Um grupo de cientistas, então, fez uma expedição para examinar a grande cratera cilíndrica estimada em pelo menos 50 metros de profundidade.
O cientista Dr. Evgeny Chuvilin, pesquisador líder do Instituto de Ciência e Tecnologia Skolkovo, disse que ele era “impressionante em seu tamanho e grandeza”. A cratera teria surgido de “forças colossais da natureza”. O professor Vasily Bogoyavlensky, do Instituto Russo de Pesquisa de Petróleo e Gás em Moscou, disse à estação de TV que o buraco era incomum. “Ele contém muitas informações científicas adicionais, que ainda não estou pronto para divulgar”.
Essas crateras aparecem porque “cavidades saturadas de gás são formadas no permafrost”, disse o professor. Algumas, mas não todas as explosões, ocorreram em pingos – ou montes – crescentes na tundra, quando o gás se acumula sob uma espessa camada de gelo.
Estudos em estágio inicial
Bogoyavlensky afirmou anteriormente que a perfuração de gás natural em Yamal – um importante fornecedor para a Europa – pode ser um fator nas erupções. Ele também está preocupado com o risco de desastres ecológicos se as explosões ocorrerem em gasodutos, instalações de produção ou áreas residenciais.
“Em várias áreas, os pingos – como vemos tanto a partir de dados de satélite, quanto com nossos próprios olhos durante as inspeções de helicóptero – literalmente escorem dos canos de gás. Em alguns lugares, eles levantam os canos de gás… eles parecem começar a entortar levemente esses canos”. Cientistas russos chamam os buracos de hidrolacólitos ou bulgunnyakhs e dizem que o estudo do fenômeno incomum está em um estágio inicial.