Amigas morrem ao cair de 30 metros em cachoeira

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Bruna e Monique morrem depois de cair em cachoeira (Divulgação/PM + Reprodução/Facebook)

Duas jovens de 18 e 19 anos morreram nesse domingo (13) depois de caírem de uma cachoeira de cerca de 30 metros de altura. O caso ocorreu na cidade de Lages, em Santa Catarina, no fim da tarde. Uma das meninas teria se desequilibrado e a outra tentou segurá-la. A mais nova das amigas morreu ainda no local. A mais velha chegou a ser socorrida, mas não resistiu.

De acordo com a PM, Bruna Vellasquez e Monique Almeida estavam em um lugar de difícil acesso e proibido para visitação mas que, no entanto, atrai a presença das pessoas por conta da beleza.

Depois de cair, elas foram socorridas por uma equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Foi então que os profissionais constataram a morte de uma delas. Monique chegou a ser levada para o Hospital Nossa Senhora dos Prazeres, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.

As duas jovens moravam em Lages e a morte delas gerou comoção, com amigos, familiares e conhecidos publicando mensagens e lamentando a perda das amigas.

Atenção redobrada

Lagoas, cachoeiras e rios são lugares comuns das pessoas procurarem para aproveitar feriados prolongados, como o da Independência. O Corpo de Bombeiros dá dicas de segurança para o passeio não terminar em tragédia:

  • Evite consumo excessivo de bebida alcoólica ao entrar na água;
  • Não pule ou faça brincadeiras em locais desconhecidos;
  • Se não souber nadar, fique no lugar onde a água não ultrapasse a cintura.

O Corpo de Bombeiros recomenda que sejam sempre seguidas as orientações de segurança em rios, lagos e represas para evitar afogamentos. Também recomenda que, no caso de uma pessoa começar a se afogar, não se deve entrar na água para socorrer, pelo risco de se tornar mais uma vítima. Em caso de emergência, ligue para o 193.

Cuidados com as crianças

De acordo com a ONG Criança Segura, no Brasil, os afogamentos são a segunda maior causa de morte e a sétima de hospitalização por motivos acidentais entre crianças com idade de zero a 14 anos. Em 2018, 866 pessoas dessa faixa etária morreram vítimas de afogamento, o que representa uma média de 2,3 óbitos por dia, de acordo com dados do Ministério da Saúde.

Confira as dicas de prevenção do afogamento, reunidas pela ONG:

  • Nunca deixe crianças sozinhas quando estiverem dentro ou próximas da água, nem por um segundo. Nessas situações, garanta que um adulto estará as supervisionando de forma ativa e constante o tempo todo;
  • Ensine as crianças que nadar sozinhas, sem ninguém por perto, é perigoso;
  • O colete salva-vidas é o equipamento mais seguro para evitar afogamentos. Boias e outros equipamentos infláveis passam uma falsa segurança, mas podem estourar ou virar a qualquer momento;
  • Tenha um telefone próximo à área de lazer e o número do atendimento de emergência sempre visível (SAMU: 192; Corpo de Bombeiros: 193);
  • Muitos casos de afogamentos acontecem com pessoas que acham que sabem nadar. Não superestime a habilidade de crianças e adolescentes;
  • Crianças devem aprender a nadar com instrutores qualificados ou em escolas de natação especializadas. Se os pais ou responsáveis não sabem nadar, devem aprender também;
  • Fique atento! Crianças pequenas podem se afogar em qualquer recipiente com mais de 2,5 cm de água ou outros líquidos, seja uma banheira, pia, vaso sanitário, balde, piscina, praia ou rio;
  • Ensine as crianças a não correr, empurrar, pular em outras crianças ou simular que estão se afogando quando estiverem na piscina, lago, rio ou mar.

Piscina

  • Piscinas devem ser protegidas com cercas de no mínimo 1,5 m de altura e portões com cadeados ou trava de segurança. Atenção! Alarmes e capas de piscina garantem mais proteção, mas não eliminam o risco de acidentes;
  • Evite deixar brinquedos e outros atrativos próximos à piscina e reservatórios de água.

Águas naturais

  • Tenha certeza que as crianças estão nadando em áreas seguras de rios, lagos, praias e represas;
  • Ensine as crianças a respeitarem as placas de proibição nas praias, os guarda-vidas e a verificarem as condições das águas abertas.

Ambiente doméstico

  • Depois do uso, mantenha vazios, virados para baixo e fora do alcance das crianças baldes, bacias, banheiras e piscinas infantis;
  • Deixe a porta do banheiro e da lavanderia fechada ou trancada por fora e mantenha a tampa do vaso sanitário baixada (se possível, lacrada com um dispositivo de segurança);
  • Mantenha cisternas, tonéis, poços e outros reservatórios domésticos sempre trancados.
Roberth Costa[email protected]

De estagiário a redator, produtor, repórter e, desde 2021, coordenador da equipe de redação do BHAZ. Participou do processo de criação do portal em 2012; são 11 anos de aprendizado contínuo. Formado em Publicidade e Propaganda e aventureiro do ‘DDJ’ (Data Driven Journalism). Junto da equipe acumula 10 premiações por reportagens com o ‘DNA’ do BHAZ.

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