Expositores da Feira Hippie protestam, na tarde desta terça-feira (15), em frente à PBH (Prefeitura de Belo Horizonte), no Centro da capital mineira. Eles pedem o retorno total das atividades. Dos 1.700 feirantes que cadastrados, menos de 1.100 devem voltar. Já a prefeitura quer limitar o número de expositores por domingo a 850. A Feira não é realizada desde 22 de março devido à pandemia do novo coronavírus.
“A prefeitura falou que a solução é vir metade em um domingo e a outra metade no outro e retirar o setor de alimentação. Estamos nos sentindo prejudicados, pois a Feira Hippie trabalha com a diversidade de produtos”, diz, ao BHAZ, o expositor Juliano Pinheiro, que trabalha na Feira há 30 anos.
O rodízio proposto pelo Executivo municipal, na visão de Juliano e de outras expositores, poderá provocar o “enfraquecimento da Feira” e ele explica o motivo. “Uma gestante, por exemplo, pode vir comprar algo para o quarto do filho e aproveitar para comprar roupas para o bebê. Sem a diversidade de produtos, o risco dela acabar é grande, já que fica menos atrativa, tanto para quem visita e também para quem expõe”.
Na última sexta-feira (11), o secretário municipal de Desenvolvimento e Gestão, André Reis, explicou durante entrevista coletiva que um protocolo havia sido desenvolvido, mas que o documento não foi aprovado pelos feirantes (relembre aqui). “A área de desenvolvimento montou um plano e essa discussão está com a comissão da Feira, para construir um consenso, ver se esse formato será viável para eles, e nos dar um retorno”, disse.
O protesto, segundo organizadores, reúne mais de 200 pessoas. Com os cartazes, expositores defendem a retomada total da Feira Hippie. “Não queremos 50%, só 100%”, “Só aceitamos 100% unidos”, “Minha barraca, meu ganha pão. Meus clientes, minha paixão”, são alguns dos escritos apresentados pelos manifestantes.