Depois de passar 37 anos atrás das grades, Robert DuBoise foi liberado da prisão. O homem, da Flórida, nos EUA, foi inocentado de uma acusação de estupro e assassinato após a análise de DNA provar que ele não cometeu os crimes. O julgamento de DuBoise se baseou inicialmente no testemunho de um informante na prisão e algumas marcas de mordidas na vítima. As informações foram divulgadas pelo jornal australiano The New Daily.
Uma audiência da corte local, nessa segunda-feira (14), resultou em um julgamento que limpou as convicções anteriores e a pena perpétua que havia sido atribuída a DuBoise. O nome do homem também foi retirado da lista de crimes sexuais. “Esta corte falhou com você por 37 anos. Hoje, finalmente acertou”, disse o juiz na audiência.
O julgamento
O homem, agora com 55 anos, foi condenado em 1983 pelo assassinato da jovem Barbara Grams, 19, que foi estuprada e espancada enquanto voltava para casa, na Flórida. Inicialmente, DuBoise foi sentenciado a morte, então teve a pena revista para pena perpétua.
Uma das testemunhas ouvidas na audiência mostrou que as marcas de dente usadas no julgamento não eram evidências confiáveis. Além disso, a análise do DNA mostrou de forma conclusiva que DuBoise não cometeu o crime. O relato do informante também foi desacreditado.
Inocência e gratidão
A libertação de DuBoise foi feita a partir do trabalho do “Innocence Project”, que atua internacionalmente para liberar presos que foram condenados de forma injusta. O projeto tem atuação também no Brasil e já conseguiu provar a inocência de algumas pessoas que já haviam passado anos na prisão.
Para o estadunidense DuBoise, ainda é difícil confiar no sistema judiciário, mas, agora, o sentimento é de gratidão. “Existem pessoas que tem um bom coração nesses escritórios agora. Tem sido incrível. Eu sou muito grato a todos vocês”, disse após a audiência.