Cobras gigantes iluminam e colorem o viaduto Santa Tereza

Cobras gigantes iluminadas BH
Obra está exposta no viaduto Santa Tereza (Amanda Dias/BHAZ)

A noite desta terça-feira (22) ficou mais iluminada e colorida na capital mineira. As duas cobras gigantes que apareceram “do nada” hoje no viaduto Santa Tereza foram iluminadas e deixaram a paisagem ainda mais bonita. Conforme o BHAZ adiantou mais cedo (relembre aqui), a estrutura de aproximadamente 40 metros é do do artista indígena Jaider Esbell, de Roraima.

A obra Entidades ficará exposta por um mês (Amanda Dias/BHAZ)

A obra faz parte do CURA (Circuito Urbano de Arte) e ficará no viaduto de hoje até o dia a 22 de outubro. Com o nome de Entidades, a estrutura traz um pouco da floresta para o concreto da capital mineira.

“O CURA este ano não tem essa parte de público, de mirante, que a gente fazia na rua Sapucaí. Essa escultura inflável foi pensada pela curadoria. Chamamos esse artista para pensar o que seria. Ele trouxe essas duas cobras, e a gente já tinha definido que seria no viaduto. Ele fez a arte e mandamos imprimir no inflável. Traz toda a energia da floresta e dos povos indígenas para BH”, esclarece Janaína Macruz, uma das idealizadoras do evento.

Janaína lembra ainda que estamos em tempo de pandemia, e por isso, não haverá um evento. “Não precisa de pressa para conhecer a obra, ela vai ficar durante exposta durante um mês. Vai brilhar no escuro, vai ficar bem mais bonita, vocês vão ver. Quem estiver passando por lá, poderá acompanhar. Mas é possível ver pelas redes sociais”, explica

Saiba mais sobre o artista

Jaider é ativista indígena da etnia Makuxi (RR) com prêmios na literatura, nas artes visuais e no cinema. Desde 2010, encontra também na escrita caminhos para suas manifestações artísticas.

Trabalhos individuais e coletivos, tanto no Brasil quanto no exterior, marcam a trajetória do artista que vive em Boa Vista (RR), capital onde criou e mantém a primeira galeria de arte exclusivamente para obras de arte indígena contemporânea.

CURA

A 5ª edição do CURA acontece entre os dias 22 de setembro e 4 de outubro em Belo Horizonte. Desta vez, serão pintadas quatro empenas no hipercentro da cidade, que também receberá outras intervenções artísticas. Por conta da pandemia, o restante da programação acontece exclusivamente online.

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Diálogo real

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Toda a programação virtual do CURA 2020 é gratuita e acessível. Uma programação diversa, que discute a atualidade e traz nomes de destaque no cenário nacional. A rapper, arte-educadora e feminista Preta Rara, e um dos líderes do movimento indígena do país, Ailton Krenak, são alguns dos nomes que vão participar do projeto.

Programação

28/09 – segunda-feira, 19h30

  • Bate Papo – Imaginar caminhos: ocupando o mercado de arte contemporânea. 

Convidados: Thiago Alvim e Comum, artistas e idealizadores do JUNTA; Cristiana Tejo, curadora e uma das idealizadoras do Projeto Quarantine; Micaela Cyrino, artista visual e integrante da Nacional Trovoa. 

Mediação: Fabiola Rodrigues, MUNA – Mulheres Negras nas Artes

29/09 – terça-feira, às 19h30

  • Bate Papo – Transformando, ocupando e criando novas narrativas: os olhares de artistas, curadores e pesquisadores contra o colonialismo sobre suas produções

Convidadas: Nathalia Grilo Cipriano, pesquisadora de cultura e cosmovisões negro-africanas, editora da revista digital diCheiro; Ventura Profana, escritora, cantora, performer e artista visual; Sandra Benites, antropóloga, arte-educadora e curadora-adjunta do MASP – Museu de Arte de São Paulo.

Mediação: Luciara Ribeiro, educadora, pesquisadora e curadora independente.

30/09 – quarta-feira, às 19h30

  • Aulão – O hip-hop resiste

Com Preta Rara, rapper, historiadora, turbanista, e influenciadora digital.

01/10 – quinta-feira, às 19h30

  • Bate Papo – Arte e Vida, Arte é Vida

Covidados: Maurinho Mukumbe, ferreiro; Ibã Hunikuin (Isaías Sales), txana, mestre dos cantos na tradição do povo huni kuin e pintor. Integra o coletivo MAHKU – Movimento dos Artistas Huni Kuin; Bordadeiras do Curtume (Vale do Jequitinhonha).

Mediação: Célia Xakriaba, professora e ativista indígena

02/10 – sexta-feira, às 19h30

  • Aulão – A Vida não é útil

Com Ailton Krenak, líder indígena, ambientalista e escritor brasileiro. É considerado uma das maiores lideranças do movimento indígena brasileiro, possuindo reconhecimento internacional.

Galeria de Arte Virtual

A Galeria de Arte CURA vai funcionar no site www.cura.art durante o período do festival com mais de 30 artistas de todo o Brasil, que terão suas obras expostas e disponíveis para compra. Entre eles, artistas que já participaram de outras edições do CURA ou participam desta edição como Thiago Mazza e Davi DMS (CURA 2017), Criola (Cura 2018), Luna Bastos (Cura 2019) e Diego Moura (CURA 2020) e artistas contemporâneos entre eles Heloísa Hariadne (São Paulo/SP); Mulambö (Saquarema/RJ), Alex Oliveira (Jequié/BA) e Luana Vitra (Belo Horizonte/MG).

Edição: Aline Diniz
Aline Diniz[email protected]

Editora do BHAZ desde janeiro de 2020. Jornalista diplomada pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) há 10 anos e com experiência focada principalmente na editoria de Cidades, incluindo atuação nas coberturas das tragédias da Vale em Brumadinho e Mariana. Já teve passagens por assessorias de imprensa, rádio e portais.

Vitor Fernandes[email protected]

Sub-editor, no BHAZ desde fevereiro de 2017. Jornalista graduado pela PUC Minas, com experiência em redações de veículos de comunicação. Trabalhou na gestão de redes do interior da Rede Minas e na parte esportiva do Portal UOL. Com reportagens vencedoras nos prêmios CDL (2018, 2019, 2020 e 2022), Sindibel (2019), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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