Flávio Bolsonaro ‘foge’ de acareação para dançar com Sikêra Jr. na TV

Flávio Bolsonaro e sikêra jr
Senador alegou ‘agenda oficial’ para dar ‘furo’ no MPF (Reprodução/@flaviobolsonaro/Instagram + Reprodução/@BolsonaroSP/Twitter)

O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) não compareceu à acareação com o empresário Paulo Marinho nessa segunda-feira (21). Na ocasião em que deveria estar no Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, o filho do presidente alegou que possuía agenda oficial no Amazonas. No entanto, em vídeo divulgado nas redes sociais, o senador apareceu em gravação com o apresentador Sikêra Jr.

Em atrações policialescas da RedeTV!, Flávio Bolsonaro brincou com o “cancelamento de CPFs”, que faz alusão a defesa da pena de morte. Em outro momento, ao lado do irmão Eduardo Bolsonaro, apareceu cantando uma música homofóbica. “Todo maconheiro dá o boga”, entoou, enquanto dançava ao lado do apresentador Sikêra Jr.

Operação Furna da Onça

A acareação para a qual Flávio foi convocado deveria tratar do suposto vazamento da Operação Furna da Onça, em 2018. A investigação da Polícia Federal era sobre um esquema de corrupção no gabinete do filho mais velho do presidente, quando era deputado. A suspeita é de que Flávio foi avisado sobre a operação por um delegado da PF.

O senador do Rio de Janeiro nega que tenha recebido esse alerta, mas o empresário Paulo Marinho afirma que ouviu de Flávio sobre o vazamento da operação na época. A acareação do MPF tinha como objetivo colocar os dois frente a frente para que as versões fossem confrontadas. Marinho esteve presente na data agenda.

Desobediência

Em entrevista ao Jornal Nacional, o procurador da República Eduardo Santos Benones afirmou que uma possível desobediência de Flávio será investigada. “Se não tiver justificativa jurídico legal que justifique ausência, por dever do ofício, eu devo representar ao procurador-geral da República, já que o senador não tem foro privilegiado no STF. O procurador-geral que resolve se vai denunciá-lo ou não pelo crime de desobediência”, disse.

Por outro lado, os advogados de defesa de Flávio rechaçaram a ideia de desobediência, levantada pelo procurador. Os representantes disseram que essa hipótese é lamentável e que o procurador não pode dar ordem ao senador.

Edição: Thiago Ricci
Guilherme Gurgel[email protected]

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Escreve com foco nas editorias de Cidades e Variedades no BHAZ.

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