Kalil diz não à volta às aulas e vai recolher alvarás de escolas de BH

Alexandre Kalil e sala de aula
Kalil contraria decisão do governo de Minas de permitir reabertura de escolas (Amanda Dias/BHAZ)

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), se opôs à decisão do Governo de Minas e informou, por meio de nota, que as escolas não serão reabertas na capital mineira. Nesta quinta-feira (24), será publicado no DOM (Diário Oficial do Município) “o recolhimento do alvará de funcionamento de todas as escolas infantis, fundamentais, de ensino médio e superiores da cidade”. Hoje, em coletiva de imprensa, o Governo de Minas autorizou a reabertura das instituições de ensino a partir do dia 5 de outubro (relembre aqui).

A PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) justificou que não há indicadores epidemiológicos que deem segurança para o retorno das atividades escolares. Inclusive, conforme boletim publicado pela SES-MG (Secretaria de Estado de Saúde) hoje, o número de mortes causadas pela Covid-19, registradas em 24h, chegou a 133. O número mais elevado nos últimos seis meses é de 170. Com o grande número adicionado ao total das mortes causadas pela doença, Minas registra um total de 6.897 óbitos por Covid-19. Os casos já chegam a 276.314. (veja aqui os números)

Como vai ser a volta no estado?

A autorização para a reabertura, válida a partir do dia 5 de outubro, não indica uma obrigação da retomada das aulas. A organização deve ser feita por parte das instituições, seguindo o protocolo que, segundo a SEE-MG (Secretaria de Estado de Educação), será divulgado na próxima semana. Os municípios, mesmo os adeptos ao programa Minas Consciente, podem optar por serem mais restritivos. Os alunos não receberão falta, caso escolham não irem à aula.

As cidades que estão na Onda Amarela do Minas Consciente (relembre aqui o programa) serão autorizadas a retomar as aulas da Educação Superior e de cursos livres, contemplando alunos de graduação, pós-graduação e outras atividades de ensino. As regiões que regredirem e tiverem que voltar para a Onda Vermelha terão que suspender todas as aulas. As regiões: Triângulo do Sul, Oeste e Centro-Sul e Nordeste estão na onda amarela.

Os municípios que já estão na Onda Verde do programa podem retomar, além do Ensino Superior, as atividades da Educação Básica. A reabertura inclui a educação infantil, o ensino fundamental e o ensino médio. As cidades que voltarem para a Onda Amarela deverão adotar medidas mais restritivas.

De acordo com a SEE-MG, haverá um monitoramento constante durante a retomada das atividades escolares, com tomadas de decisão a serem feitas semanalmente. A pasta garante que os municípios e as famílias terão autonomia para tomar as decisões e ressalta que existe a possibilidade da suspensão das aulas.

Veja a nota da PBH na íntegra

“Por não termos indicadores epidemiológicos que nos dê segurança do retorno as aulas colocando em risco a vida de professores, alunos e familiares, além da possibilidade de provocação de surtos da pandemia a partir da redução do distanciamento nas escolas, será publicado no DOM de amanhã o recolhimento do alvará de funcionamento de todas as escolas infantis, fundamentais, de ensino médio e superiores da cidade”.

Edição: Aline Diniz
Aline Diniz[email protected]

Editora do BHAZ desde janeiro de 2020. Jornalista diplomada pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) há 10 anos e com experiência focada principalmente na editoria de Cidades, incluindo atuação nas coberturas das tragédias da Vale em Brumadinho e Mariana. Já teve passagens por assessorias de imprensa, rádio e portais.

Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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