Pacientes com Covid são transferidos às pressas após desmoronamento

Terreno de hospital desmorona e bombeiros transferem pacientes
Com a queda da energia elétrica no hospital São Camilo, pacientes precisaram ser realocados imediatamente (CBMMG/Divulgação)

Pacientes com Covid-19 tiveram que ser transferidos às pressas na noite de ontem (22) do hospital de campanha São Camilo, em Conselheiro Lafaiete, município da região Central de Minas a cerca de 100 km da capital mineira. Um desabamento em uma obra vizinha ao hospital causou a queda da energia em toda a unidade, colocando em risco o tratamento dos pacientes.

Ninguém ficou ferido, mas foi necessária uma força-tarefa entre Defesa Civil, Bombeiros, Polícia Militar e secretaria de saúde da cidade para fazer a realocação dos pacientes internados. Isso porque toda a energia do hospital foi cortada. “No hospital, tinha cinco pacientes com Covid-19 e quatro suspeitos. Como tinha o risco de eles precisarem de respirador, fizemos a remoção para outro hospital”, conta ao BHAZ o tenente dos bombeiros João Victor Oliveira.

Os pacientes foram transferidos para o hospital São José, que contava até então com apenas dois pacientes no CTI e um em leito clínico. “A equipe de profissionais do hospital de campanha vai se juntar ao corpo clínico do São José e continuará assistindo os pacientes” explica a secretária de Saúde de Conselheiro Lafaiete, Rita Silva Melo.

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Geração de energia foi interrompida após desmoronamento (Reprodução/Fato Real)

“Fizemos a transferência por precaução, porque não se podem prever danos ainda mais graves e um novo desabamento poderia oferecer risco ainda maior às instalações do nosso hospital de campanha”, complementa.

Desabamento

No início da noite, desmoronou parte do terreno onde foi instalado o hospital de campanha para tratar pacientes com Covid-19, São Camilo. Segundo os bombeiros, o acidente foi causado pelo encharcamento do solo do terreno da obra de um prédio ao lado da estrutura provisória hospitalar.

Ao jornal local Fato Real, Rita relatou que a obra estava encoberta por um tapume, impedindo a visibilidade do tamanho da intervenção que era feita no local. “Os fundos do hospital dão para essa obra e correspondem justamente ao espaço onde está o CTI, também blindado e vedado por uma divisória reforçada com vidro jateado para bloquear a ventilação externa. Assim, os funcionários não tinham a menor ideia do tamanho nem das condições da obra no terreno vizinho”, contou.

O hospital possui um gerador, mas o aparelho não foi acionado depois do acidente porque a caixa de energia ficou parcialmente pendurada por um fio da rede elétrica. Segundo o tenente João Victor, o local estava escuro, com muitos escombros e com risco de novos desmoronamentos. O militar informou que a Defesa Civil retornaria na obra nesta manhã para analisar com mais detalhes as causas do desmoronamento.

A previsão é que o hospital volte a funcionar em 48h.

Edição: Thiago Ricci
Camila Saraiva[email protected]

Jornalista formada pela PUC-Minas em 2015. Pós-graduada em Jornalismo em Ambientes Digitais pelo Centro Universitário UniBH em 2019.

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