Incêndios destroem áreas de preservação ambiental em Minas

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Serra do Cipó e Ibitipoca são duas das regiões mais afetadas (Divulgação/CBMMG)

Sem trégua do tempo seco que continua perturbando os mineiros e com a irresponsabilidade de alguns cidadãos, quem trabalha intensamente são os militares do Corpo de Bombeiros, que combatem diariamente as centenas de focos de incêndio que se formam no estado. Até o fim da manhã de hoje (29), foram mais de 100 chamados para incêndios e, desde ontem, já foram mais de 700 hectares de vegetação destruídos pelas chamas.

Os principais incêndios que mobilizam a corporac’ão neste início de semana são: no Parque Nacional da Serra do Cipó, em Santana do Riacho (região Central de Minas); no Parque Estadual de Conceição do Ibitipoca, em Lima Duarte (Zona da Mata) e na Unidade de Conservação Monumental Natural Gruta Rei do Mato, em Sete Lagoas (região Central).

Serra do Cipó

Na Serra do Cipó, as chamas começaram na manhã de ontem, com vários focos espalhados em locais de difícil acesso. Ainda na noite de ontem, os militares receberam a informação de que um dos focos seria atrás de uma pousada, mas ninguém ficou ferido. A ação no Parque Nacional mobilizou 25 militares, 23 brigadistas e uma aeronave.

Os trabalhos de combate às chamas continuaram durante todo o dia de hoje e os bombeiros já adiantaram que vão continuar durante a noite, com uma equipe especializada em combate a incêndios florestais. Ainda não há um balanço oficial da área queimada, mas apoiadores das equipes estimam que quase dois mil hectares já tenham sido destruídos pelo incêndio.

Ibitipoca

No Parque Estadual de Conceição do Ibitipoca, o Corpo de Bombeiros trabalha desde o início da tarde de ontem para conter as chamas que destroem uma área de preservação ambiental. Sete equipes compostas por bombeiros militares e brigadistas do parque se dividiram em várias frentes de ação e conseguiram controlar um dos focos, que ameaçava a portaria do parque e o posto de comando das operações.

Não há registros de vítimas do incêndio ou de construções atingidas pelas chamas. Os trabalhos, contudo, ainda não têm previsão de encerramento. A estimativa dos bombeiros é de que o fogo já tenha destruído 500 hectares de área de preservação.

Gruta Rei do Mato

Assim como na Serra do Cipó, as chamas na Unidade de Conservação Monumental Natural Gruta Rei do Mato tiveram início na manhã de ontem e, em pouco mais de dez horas, já haviam destruído 100 hectares de vegetação.

No fim da tarde de hoje, os bombeiros ainda enfrentavam as chamas, que se alastram com facilidade graças à vegetação alta e seca e as temperaturas elevadas no local. Ainda não há um balanço atualizado da área atingida e os militares contam com a ajuda de brigadistas e voluntários de uma empresa local para tentar controlar o fogo.

Edição: Marcela Gonzaga
Giovanna Fávero[email protected]

Editora no BHAZ desde março de 2023, cargo ocupado também em 2021. Antes, foi repórter também no portal. Foi subeditora no jornal Estado de Minas e participou de reportagens premiadas pela CDL/BH e pelo Sebrae. É formada em Jornalismo pela PUC Minas e pós-graduanda em Comunicação Digital e Redes Sociais pela Una.

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