A Johnson & Johnson’s pausou o estudo relacionado à vacina contra a Covid-19. A suspensão aconteceu depois que um dos participantes desenvolveu uma doença inexplicada. A informação foi repassada pela empresa ontem (12), em um documento enviado aos pesquisadores externos que fazem o ensaio clínico com 60 mil pacientes. As informações são do G1.
A vacina da empresa já estava nos estágios finais de testagem e um estudo preliminar já demonstrava que 98% dos voluntários produziram anticorpos contra o coronavírus. Agora, o sistema online usado para inscrição de voluntários na pesquisa foi fechado e um conselho independente de monitoramento de dados e segurança foi convocado.
A identidade e quadro clínico do paciente não foram divulgados pela empresa. No entanto, a corporação garantiu que “eventos adversos – doenças, acidentes etc – mesmo aqueles graves, são uma parte esperada de qualquer estudo clínico, especialmente grandes estudos”.
Os testes da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford também chegaram a ser interrompidos após efeitos colaterais. Na ocasião, a instituição também defendeu que essas pausas são comuns nos estudos de larga escala. A pesquisa da vacina, que é a principal aposta do governo brasileiro, já foi retomada.
Vacina promissora
Apesar da interrupção, os resultados divulgados até o momento para a vacina desenvolvida pela Johnson & Johnson’s apresentam um panorama otimista. Em um estudo divulgado pela empresa no final de setembro, uma única dose da vacina se mostrou eficaz na imunização de quase todos os participantes.
Entre os voluntários de 18 a 55 anos de idade, 98% desenvolveram anticorpos neutralizantes 29 dias após tomar a dose única da vacina. Na época, somente 15 idosos, com mais de 65 anos, estavam incluídos no estudo, mas todos apresentaram resposta imunológica com relação à Covid-19.
