A Polícia Civil prendeu o segundo suspeito de envolvimento na morte do padre Adriano da Silva Barros, na cidade mineira de Simonésia, na região da Zona da Mata. A prisão aconteceu no Rio de Janeiro, na noite da última sexta-feira (16). O carro do religioso também foi localizado. A corporação desmentiu a versão do primeiro suspeito preso. Ele afirmou que mantinha um relacionamento com a vítima.
O delegado Carlos Souza explicou que a versão do jovem de 22 anos não faz sentido, já que os pertences da vítima não foram localizados. “Estamos tratando o caso como latrocínio, porque os pertences da vítima desapareceram: celular, carteira e o veículo”, detalhou. No depoimento prestado, o suspeito disse que matou o padre quando tentou o extorquir.
Ameaça
O jovem ameaçou o religioso argumentando que mantinha uma relação amorosa com ele e que só não iria divulgar o caso se recebesse a quantia desejada. “O que nos convence é que houve tentativa de extorsão motivada por circunstância não esclarecida e, a partir do momento que houve negativa, pode ter havido tentativa de fuga [do padre]. Aí sim a vítima foi morta para que não procurasse as autoridades”, explicou o delegado.
“A versão do suspeito é de legítima defesa, e ele tenta imputar alguma culpa na vítima que foi agredida, esfaqueada e teve seu corpo queimado. O criminoso é aquele que matou. A vítima não possui nenhuma culpa. As investigações vão seguir e nós acreditamos no roubo”, complementou.
A Polícia Civil ainda suspeita que o crime tenha sido planejado. O dinheiro seria utilizado para pagar dívidas de drogas do irmão do jovem preso.
Mais um preso
O segundo suspeito de participar da morte do padre Adriano foi preso na sexta-feira pela Polícia Civil. A prisão aconteceu na Central do Brasil, no Rio de Janeiro. O carro da vítima, que estava desaparecido, também foi localizado e apreendido. As investigações apontam que outras pessoas estão envolvidas no crime de latrocínio.