O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), sinalizou, nesse domingo (25), que o 13º salário dos servidores do estado de 2020 deverá ser parcelado. Segundo Zema, ainda não há uma definição sobre o pagamento do direito. Entretanto, o caixa do estado não tem condições no momento de arcar com o 13º salário.
“Estamos fazendo de tudo para ser pago o quanto antes, o que é pouco provável que aconteça devido a situação financeira do do estado”, destacou o governador. Ainda sobre o pagamento parcelado, Zema pediu paciência. “Vamos aguardar para ver, é o mais provável [que seja parcelado]”, disse o mandatário.
Procurada, a Seplag (Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão) disse que ainda não tem “as escalas de pagamento dos salários do funcionalismo têm sido anunciadas pelo Poder Executivo respeitando o fluxo de caixa do Estado. Em relação ao 13º salário dos servidores, informações sobre data e forma de pagamento serão repassadas assim que possível”, disse a secretaria.
O chefe do executivo deu a informação durante o evento de comemoração do aniversário de Rodrigo Paiva, candidato à PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) pelo Novo, no Mercado Novo, no Centro de BH. Após a festa, o governador partiu para Brasília, onde deve se encontrar com o presidente da República, Jair Bolsonaro.
Medida não é novidade
Desde que assumiu o governo, em janeiro de 2019, Zema já precisou parcelar o 13º salário dos servidores em todas as ocasiões. A primeira delas, com o pagamento do direito referente a 2018, deixado como dívida pela gestão de Fernando Pimentel (PT). Na ocasião, Zema parcelou o pagamento em 11 parcelas.
Já em 2019, sob sua plena gestão, Zema escalonou o pagamento para as categorias. O 13º salário só foi quitado em 2020, dando prioridade à forças da segurança pública, que pressionaram o governador e ameaçaram uma paralisação.
Operação do nióbio
O governador conseguiu articular com a ALMG (Assembleia Legislativa de Minas Gerais) o projeto de lei que permite ao governo antecipar os créditos do nióbio negociados pela Codemig (Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais) para conseguir pagar o 13º dos servidores do Estado deste ano e dar fim ao parcelamento dos salários. Entretanto, a operação avançou no Legislativo, mesmo com críticas do MPC (Ministério Público de Contas), mas não chegou a ocorrer de fato na bolsa de valores.