Regiões avançam para a onda verde e liberações tomam conta de Minas

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Estado tem apenas três macrorregiões na onda amarela e nenhuma na vermelha (Moisés Teodoro/BHAZ + Divulgação/Imprensa MG)

Mais duas macrorregiões de saúde de Minas Gerais foram autorizadas, nesta quarta (28), a avançar para a onda verde do Minas Consciente, plano do governo para a retomada gradual das atividades no estado. Agora o Triângulo do Sul e o Vale do Aço também estão no nível mais avançado do programa.

Com a mudança, o estado coloca 11 das 14 macrorregiões de saúde na onda verde – cerca de 80% do total. De acordo com o Governo de Minas, a redução de 16% da incidência de Covid-19 nos últimos 14 dias contribuiu para esse cenário.

Na onda verde, fica permitido o funcionamento de teatro, cinemas, parques e feiras, por exemplo. Estes e outros locais podem abrir, desde que cumpram protocolos sanitários com rígidas orientações sobre distanciamento social e práticas de higiene, como uso de máscara e álcool em gel.

Avanço

As regiões do Triângulo do Sul e Vale do Aço avançaram para a onda verde após passarem 28 dias estáveis na onda amarela. Agora, apenas as macrorregiões Nordeste, Triângulo do Norte e Leste do Sul permanecem na onda amarela, estágio intermediário.

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Cerca de 80% das regiões estão na onda verde (Divulgação/Imprensa MG)

No cenário atual, nenhuma região está na onda vermelha, a mais rígida, com permissão apenas para funcionamento apenas dos serviços essenciais. Para o secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, a redução da incidência da doença e a tendência da estabilidade da ocupação dos leitos permitiram as mudanças.

“Seis meses após o lançamento do Minas Consciente, estamos vendo uma tendência de queda tanto no número de casos quanto no de óbitos. A taxa de ocupação de leitos também está estável e com tendência de redução. É uma ocupação que está inferior a 60% há dez dias e vem se mantendo assim. E vemos que a participação da covid-19 nessa ocupação representa 20% dos leitos. É uma situação equilibrada”, disse o secretário.

Balanço

Até o momento, mais de 650 cidades minerais aderiram ao plano Minas Consciente, impactando mais de 14 milhões de pessoas. Neste contexto, ao menos 517 cidades mineiras com menos de 30 mil habitantes registraram incidência da covid-19 abaixo de 50 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias.

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Apenas três regiões estão na onda amarela – e nenhuma na vermelha (Divulgação/Imprensa MG)

Distanciamento e eventos

Outra mudança que passa a valer para o plano Minas Consciente a partir deste sábado (31) é sobre as medidas obrigatórias de distanciamento em eventos. Pela nova regra, a distância para cada pessoa deve ser de 10 metros quadrados em eventos fechados e quatro em eventos abertos. Em ambos os casos, o número máximo de presentes permitido por evento é de até 500 pessoas. As autorizações para eventos são válidas apenas para a onda verde, sendo que todos os protocolos de proteção, que incluem o uso de máscara e álcool em gel, são obrigatórios.

Segundo o secretário de Saúde, as regras visam proteger trabalhadores e frequentadores de eventos culturais. No dia 1º de dezembro, o Comitê Extraordinário Covid-19 vai analisar o impacto da mudança e, caso seja necessário, poderá propor novas alterações. Com muito cuidado e equilíbrio, vamos tentar dar um primeiro passo neste mês para aquecer o setor”, afirmou Carlos Amaral.

Como ocorre a mudança de onda?

Para que uma macrorregião mude de onda, ela precisa atender a alguns indicadores como: taxa de incidência da Covid-19, taxa de ocupação de UTI Adulto, entre outros. Por isso, se os índices de contaminação e ocupação de hospitais reduzirem, os municípios podem passar para outra onda. Isso vale também para os shoppings. Ou seja, com a redução da taxa da doença, lojas que não estão inseridas em serviços essenciais poderão funcionar.

Além disso, para avançar para a onda verde, as cidades precisam estar há 28 dias consecutivos na onda amarela, sem sofrer retrocessos durante esse período.

O que pode em cada onda?

Onda verde:

As macrorregiões Norte, Noroeste, Jequitinhonha, Leste, Centro, Vale do Aço, Sudeste, Centro-Sul, Oeste, Sul e Triângulo do Sul estão na onda verde – estágio que possibilita a abertura de serviços não essenciais com alto risco de contágio. São eles:

  • Atividades artísticas, como produção teatral, musical e de dança e circo;
  • Cinemas, bibliotecas, museus, arquivos
  • Parques, zoológicos e jardins;
  • Feiras, congressos, exposições, filmagens de festas, casas de festas, bufê;
  • Parques de diversão, discotecas, boliches, sinuca;
  • Bares com entretenimento (shows e espetáculos);
  • Serviços de colocação de piercings e tatuagens.

Onda amarela:

As macrorregiões Nordeste, Triângulo do Norte e Leste do Sul mantiveram índices favoráveis para a abertura de serviços não essenciais, contemplados pela onda amarela. Nesta fase, são permitidos:

  • Bares (consumo no local)
  • Autoescolas e cursos de pilotagem;
  • Salões de beleza e atividades de estética;
  • Comércio de eletrodomésticos e equipamentos de áudio e vídeo;
  • Papelarias, lojas de livros, discos e revistas;
  • Lojas de roupas, bijuterias, joias, calçados, e artigos de viagem;
  • Comércio de itens de cama, mesa e banho;
  • Lojas de móveis e lustres;
  • Imobiliárias;
  • Lojas de departamento e duty free;
  • Lojas de brinquedos;
  • Academias (com restrições);
  • Agências de viagem;
  • Clubes.

Onda vermelha:

  • Padarias;
  • Supermercados;
  • Farmácias e drogarias;
  • Bares e restaurantes (apenas para retirada ou entrega);
  • Serviços médicos e odontológicos;
  • Atividades veterinárias;
  • Comércio varejista de cosméticos, produtos de perfumaria e higiene pessoal;
  • Oficinas mecânicas;
  • Borracharias;
  • Comércio de veículos;
  • Comércio de peças para veículos;
  • Estacionamento de veículos;
  • Reparação e manutenção de equipamentos de informática;
  • Reparação de celulares e equipamentos de comunicação.
Edição: Aline Diniz
Giovanna Fávero[email protected]

Editora no BHAZ desde março de 2023, cargo ocupado também em 2021. Antes, foi repórter também no portal. Foi subeditora no jornal Estado de Minas e participou de reportagens premiadas pela CDL/BH e pelo Sebrae. É formada em Jornalismo pela PUC Minas e pós-graduanda em Comunicação Digital e Redes Sociais pela Una.

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