O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), mentiu ao dizer que não chamou o novo coronavírus de “gripezinha”. A declaração foi dada durante a live realizada pelo mandatário semanalmente, às quintas-feiras, pelas redes sociais. Na transmissão, Bolsonaro alegou que “não há vídeo ou áudio” comprovando que tenha menosprezado a Covid-19 e ainda voltou a questionar o uso da máscara como forma de prevenção – contrariando a ciência e o que dizem médicos e especialistas no tema.
“Falei lá atrás que no meu caso, pelo meu passado de atleta, não generalizei… Se pegasse a Covid, eu não sentiria quase nada. A grande mídia falando que eu chamei de gripezinha a questão do Covid. Não existe um vídeo ou áudio meu falando dessa forma. Eu falei pelo meu estado atlético, minha vida pregressa, porque sempre cuidei do meu corpo”, disse.
Em março, Bolsonaro usou o termo em duas oportunidades, sendo uma delas em pronunciamento nacional em TV e rádio. “No meu caso particular, pelo meu histórico de atleta, caso fosse contaminado pelo vírus, não precisaria me preocupar, nada sentiria ou seria, quando muito, acometido de uma gripezinha ou resfriadinho”, afirmou è época.
Durante uma coletiva de imprensa, Bolsonaro também chamou a Covid-19 de gripezinha. “Depois da facada não vai ser uma gripezinha que vai me derrubar não”, falou em 20 de março.
Tabu e imunização
Na mesma live, o presidente disse que a utilização de máscaras para evitar a contaminação pelo novo coronavírus será o “último tabu a cair”. Bolsonaro também anunciou que o plano nacional de imunização contra a Covid-19 está praticamente pronto e que as vacinas serão adquiridas quando houver autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
“A questão da máscara, ainda ainda vai ter um estudo sério falando sobre a efetividade da máscara. É o último tabu a cair”. Antes da declaração, o presidente citou um estudo que diz que a hidroxicloroquina é um medicamento que não causa arritmia em quem o utiliza.
Sobre o plano de imunização contra o novo coronavírus, Bolsonaro, apesar de não ter dado detalhes, disse que ele está “praticamente pronto”. “Uma vez certificado pela Anvisa, qualquer medicamento e qualquer vacina, da nossa parte, imediatamente nós providenciamos a compra. E um programa, um plano nacional de imunização está praticamente pronto na Saúde pra gente vacinar quem quer”, disse.
Com Agência Brasil