Minas Gerais e outros estados têm tendência de alta de casos da Covid-19

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BH e outras 11 capitais têm tendência de aumento de casos da Covid-19 (Amanda Dias/BHAZ)

O Boletim Observatório Covid-19, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nessa sexta-feira (27), apontou que o número de óbitos por Covid-19 aumentou em Minas Gerais. Além disso, a fundação identificou um aumento na taxa de incidência de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) no estado. Os dados foram coletados do dia 8 ao dia 21 de novembro. Segundo a Fiocruz ainda não é possível afirmar uma “segunda onda” de Covid-19.

De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz, esse aumento do número de mortes por Covid-19 se deu de forma súbita. A quantidade de óbitos sofreu aumento expressivo em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. A porcentagem de aumento no estado mineiro é de 6,6%, e isso corresponde a um alargamento de 0,2 na taxa de mortes. Conforme informado, ainda não se pode afirmar uma “segunda onda” no país, mas esses indicadores devem servir de alerta.

Quanto às taxas de incidência de Síndromes Respiratórias Agudas Graves, o Boletim Observatório revelou um quadro preocupante no Brasil. Isso porque a taxa já se encontrava alta em todos os estados, e continua subindo em muitas capitais. Tal tendência de aumento abarca o estado de Minas Gerais, inclusive a cidade de Belo Horizonte. A taxa para o estado mineiro é de 6,3 por 100 mil habitantes, que é considerada “muito alta”.

Em relação à ocupação dos leitos de UTI, Minas Gerais retornou para a zona crítica intermediária. O estado estava fora da zona de alerta, mas teve um aumento no preenchimento dos leitos, ficando com 64,5% de ocupação. Em Minas, esse número é referente à taxa de ocupação de todos os leitos de UTI do SUS, e não somente aos leitos de UTI Covid-19.

Desafios no sistema de saúde

Segundo a Fundação Oswaldo Cruz, a necessidade de atendimento
hospitalar para os casos de gravidade intermediária e de casos complexos se mantém. “A necessidade não atendida de um leito de UTI resulta em óbito, e foram numerosos os óbitos, em diversos lugares do mundo, pela insuficiência de recursos hospitalares de alta complexidade”. O boletim ainda diz que a dificuldade de acesso a serviços de saúde tem resultado numa elevada mortalidade em domicílios.

Edição: Vitor Fernandes
Andreza Miranda[email protected]

Graduada em Jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2020. Participou de duas reportagens premiadas pela CDL/BH (2021 e 2022); de reportagem do projeto MonitorA, vencedor do Prêmio Cláudio Weber Abramo (2021); e de duas reportagens premiadas pelo Sebrae Minas (2021 e 2023).

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