Pedra no sapato: Cruzeiro não consegue bater o CRB e estaciona

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E o CRB continua sendo um incômodo para o Cruzeiro… (Bruno Haddad/Cruzeiro)

Se o atleticano teve um fim de domingo (6) amargo, o cruzeirense teve um fim de feriadão nesta terça (8) decepcionante. O torcedor foi obrigado a assistir a um dos jogos mais truncados do ano. As defesas – e a falta de criatividade – se sobressaíram no estádio Rei Pelé, em Alagoas, e o resultado final não poderia ser outro: 0 a 0. Nem mesmo a ótima fase celeste foi capaz de tirar a pedra do sapato de 2020: CRB foi o responsável por eliminar o Cruzeiro na Copa do Brasil.

Com o placar, os comandados de Felipão perdem a chance de avançar em direção aquele que é o principal objetivo há exato um ano, quando o clube foi rebaixado após perder para o Palmeiras: ficar entre os quatro melhores da Série B e voltar para a elite. O próximo compromisso do Cruzeiro já é nesta sexta (11), quando encara o Vitória no Barradão, às 21h30.

Antirracismo

Nas redes sociais, os dois clubes fizeram postagens sobre o acontecimento histórico no jogo entre PSG e Istambul Basaksehir. Ambos os times saíram de campo em protesto a um xingamento racista proferido pelo quarto árbitro da partida. “Que possamos evoluir”, afirmou trecho do posicionamento celeste.

Jogo duro

A partida começou truncada, com os dois times marcando em cima e se protegendo do adversário. O primeiro lance perigoso só veio aos 14 minutos, e quem ameaçou foi o time da casa. Bill fez grande jogada, cruzou para a área e a bola passou raspando da cabeça de Robinho: tirou tinta da trave. O Cruzeiro também tentava, mas, muitas vezes, as jogadas paravam na marcação do Galo alagoano.  

Esquentou!

A partida deixou de ficar morna aos poucos… Até que, aos 26 do 1T, o CRB ficou muito perto de abrir o placar. Luiz Paulo ficou sozinho na área para chutar e Fábio cresceu para cima dele. No rebote com o gol vazio, Bill chutou para fora. Pouco depois, aos 30, o mesmo atacante testou de fora da área, mas a bola subiu.

O Cruzeiro só foi assustar mesmo o CRB aos 32 minutos. Depois de bom lançamento de Sobis, Arthur Caike chutou para fora, mesmo livre de marcação.

Pressão celeste

O time celeste cresceu e, aos 40, se não fosse a espalmada do goleiro Douglas Borges, Jadsom Silva teria aberto o placar com uma bomba de fora da área. No 1T, ainda teve tempo para uma polêmica: aos 45, Sobis cruzou para a área e a bola explodiu no lateral Luiz Paulo. Cruzeirenses pediram mão do defensor, mas o árbitro mandou seguir o jogo, o que provocou revolta dos jogadores – e da torcida azul.

#Sdds do sal grosso, né?

Na volta para o 2T, o CRB não dava sossego para o Cruzeiro. Aos 9, Diego Torres cobrou fechadinho, Fábio conseguiu tirar de soco e a bola resvalou no jogador do CRB em direção à linha de fundo. Apenas 4 minutos depois, o mesmo Diego cobrou falta perigosa e a bola passou perto do travessão. 

O Galo de Alagoas aumentou sua intensidade, e, aos 23 do 2T, chegou muito perto do gol. Diego recebeu sozinho na área, mas deixou a marcação chegar. Na sobra, Hyuri foi travado no chute. Essa pressão toda estava deixando a torcida estrelada com saudade daquele sal grosso do jogo passado.

Cadê o Cruzeiro?

A resposta cruzeirense veio aos 26, com cruzamento rasteiro de Marcelo Moreno. Porém, a bola passou direto e nenhum jogador azul aproveitou a chance. E foi esse o último lance de perigo do Cruzeiro, que jogou muito abaixo do que vinha apresentando e estacionou no 11º lugar. De quebra, finaliza 2020 sem conseguir tirar a pedra alagoana do sapato.

FICHA TÉCNICA
CRB 0 X 0 CRUZEIRO

Local: Estádio Rei Pelé,em Maceió (AL)
Data: 8 de dezembro de 2020, terça-feira
Horário: 21h30 (de Brasília)
Árbitro: Dyorgines Jose Padovani de Andrade (ES)
Assistentes: Eduardo Goncalves da Cruz (MS) e Vanderson Antonio Zanotti (ES)
Cartões amarelos: Reginaldo, Luiz Paulo, Claudinei e Lucão do Break (CRB); Matheus Pereira e Jadsom Silva (Cruzeiro)
Gol:

CRB: Douglas Borges; Reginaldo, Gum (Thalisson Kelven), Xandão e Luiz Paulo; Claudinei, Wesley (Moacir) e Diego Torres; Robinho (Hyuri), Lucão do Break (Daniel Amorim) e Bill (Luidy)
Técnico: Ramon Menezes

CRUZEIRO: Fábio; Raúl Cáceres, Ramon, Manoel e Matheus Pereira; Adriano, Jadsom Silva e Machado (Jadson); Welinton (Régis), Rafael Sobis (Marcelo Moreno) e Arthur Caíke (Patrick Brey)
Técnico: Luiz Felipe Scolari

Beatriz Kalil Othero[email protected]

Jornalista formada pela UFMG, escreve para o BHAZ desde 2020, e atualmente, é redatora e fotógrafa do Portal. Participou de reportagens premiadas pela CDL/BH em 2021 e 2022, e pela Rede de Rádios Universitárias do Brasil em 2020.

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