Rússia recomenda 42 dias sem álcool e cigarro ao tomar vacina da Covid

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A recomendação é não consumir álcool em período antes e após imunização (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Quem for tomar a vacina Sputnik V, de produção russa, deve ser abster de álcool por quase dois meses antes e depois da imunização, disse o chefe do órgão de segurança do consumidor da Rússia nesta terça-feira (8). As instruções são da chefe do Serviço Federal de Vigilância da Proteção dos Direitos do Consumidor e Bem-Estar Humano, Anna Popova, e seguem as recomendações da vice-primeira-ministra Tatyana Golikova. As informações são do jornal russo The Moscow Times.

O objetivo da recomendação é para que se evite álcool e imunossupressores por 42 dias, porque a vacina dupla é administrada com um intervalo de 21 dias entre as doses. Além disso, o isolamento nesse período também é necessário. “A ingestão de álcool precisa parar pelo menos duas semanas antes da imunização”, disse Popova em uma entrevista à rádio Komsomolskaya Pravda.

Os destinatários devem então se abster de álcool por “42 dias após a primeira injeção”, acrescentou Popova. “A imunidade está se formando e é preciso cuidar. É uma pressão para o corpo. Se quisermos permanecer saudáveis ​​e ter uma forte resposta imunológica, não bebam álcool”, orientou.

A recomendação enfática existe principalmente porque os russos estão entre os maiores consumidores de álcool do mundo, apesar de terem visto um declínio significativo no consumo desde 2003. Popova também desaconselhou fumar antes e depois da vacinação porque a fumaça do tabaco irrita os pulmões e distorce as respostas imunológicas.

Após os comentários de Popova, Alexander Gintsburg, chefe do centro de pesquisa estatal Gamaleya que desenvolveu o Sputnik V, disse que embora não se deva abusar do álcool antes ou depois da vacinação, “uma única taça de champanhe nunca faz mal a ninguém”.

100 mil russos já vacinados

A campanha de vacinação russa contra a Covid-19 para voluntários de alto risco começou em Moscou neste fim de semana, apesar do Sputnik V ainda passar por testes clínicos de segurança pós-registro. Seus desenvolvedores afirmam que a vacina baseada em adenovírus é 95% eficaz contra o vírus.

Autoridades de saúde estimam que 100 mil russos receberam o Sputnik V, incluindo participantes do teste e militares. A Rússia tem o quarto maior número de casos Covid-19 do mundo, com mais de 2,5 milhões, e o décimo maior número de fatalidades, com 44 mil mortes.

Edição: Thiago Ricci
Vitor Fernandes[email protected]

Sub-editor, no BHAZ desde fevereiro de 2017. Jornalista graduado pela PUC Minas, com experiência em redações de veículos de comunicação. Trabalhou na gestão de redes do interior da Rede Minas e na parte esportiva do Portal UOL. Com reportagens vencedoras nos prêmios CDL (2018, 2019, 2020 e 2022), Sindibel (2019), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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