Bares e restaurantes associados à Abrasel-MG (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de Minas Gerais) poderão voltar a vender bebidas alcoólicas para consumo no estabelecimento, a partir desta sexta-feira (11). Um mandado de segurança foi concedido à associação hoje, apesar do decreto da PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) que proíbe a comercialização para consumo nos estabelecimentos desde a segunda (7).
De acordo com o presidente da Abrasel-MG, Matheus Daniel, o mandado de segurança foi concedido pelo juiz Maurício Leitão Linhares. A associação acionou a Justiça na quarta-feira (9) para pedir a liberação da comercialização de bebidas alcoólicas para consumo no local na capital mineira, proibida para conter o avanço da Covid-19.
“Peço a todos, sigam os protocolos, não promovam aglomerações. Clientes, por favor, não sentem mais de quatro pessoas por mesa, não se aglomerem. Levantou para ir ao banheiro, coloque a máscara, por favor. É muito importante que a sociedade contribua para que a cidade dos botecos, a cidade criativa da gastronomia, fique aberta”, disse o presidente ao anunciar a novidade.
O BHAZ procurou a PBH para repercutir o mandado de segurança concedido à Abrasel-MG. A administração municipal declarou que ainda não foi notificada sobre a liminar. O decreto que proíbe o consumo de bebidas no local pode ser lido aqui.
Pedido na Justiça
Em vídeo postado nas redes sociais, no dia em que a Abrasel-MG acionou a Justiça Matheus Daniel, afirmou que a prefeitura não escuta as demandas do setor e se “fecha num grupo pequeno”. “Tivemos reunião com o secretariado mostrando o caos que o decreto está instaurando no setor. Os estoques estavam lotados, por conta do feriado [de Nossa Senhora da Conceição], escalas feitas e pequenas confraternizações marcadas”, disse.
O pedido feito na Justiça se deu, segundo o presidente, pela falta de diálogo da prefeitura. “As pessoas precisam comer, sobreviver e, em nome destes milhares de trabalhadores, a Abrasel entra na Justiça, mais uma vez, para tentar ser ouvida. Que pena que mais uma vez a prefeitura não nos escutou e o caminho teve que ser a Justiça. Diálogo nós tentamos”, ponderou.