Celular cai de avião, filma trajetória e é recuperado em praia no Rio

celular cai de avião
Aparelho foi encontrado por meio de rastreamento de GPS (Ernesto Galiotto/Arquivo Pessoal)

A história de um celular recuperado na areia de uma praia em Cabo Frio, no Rio de Janeiro, é mais complexa do que se pode esperar: o aparelho não caiu do bolso do dono, e, sim, de um avião que estava a 300 metros de altura. O melhor é que o proprietário estava gravando um vídeo antes da queda, e toda a trajetória do celular até o chão foi filmada e recuperada no dia seguinte (veja abaixo).

O ambientalista e documentarista Ernesto Galiotto conseguiu recuperar o celular, quase intacto, na manhã desse sábado (12), depois de deixar o aparelho cair enquanto sobrevoava a Praia do Peró. “É uma coisa que se você contar pra alguém, a pessoa não acredita. Foi um Deus nos acuda! No momento, eu falei até um palavrão, mas depois eu pensei e disse: ‘eu vou recuperar esse celular'”, contou ele ao G1.

O ambientalista sobrevoava o local para comemorar a renovação do Selo Internacional Bandeira Azul, símbolo internacional que reconhece a qualidade ambiental da praia, nessa sexta-feira. Ainda de acordo com o G1, Ernesto Galiotto faz sobrevoos pela região há 26 anos.

Em gravações feitas por uma câmera da cabine do avião, é possível ver o ambientalista pegando o celular para filmar a vista, enquanto brinca com os amigos que estão no monomotor. Ele segurava o aparelho somente com uma mão, e, quando ele cai, o piloto comenta: “Mais um… acontece”.

Recuperado

Na manhã seguinte, Ernesto Galiotto conseguiu encontrar o celular com a ajuda de um amigo. O aparelho ainda funciona, e só tem um trincado na película de proteção da tela. “Em 15 segundos ele bateu no solo. Estava a uns 200 metros da água e a poucos metros tinha um casal na praia. Caiu com a tela pra baixo e ficou filmando por uma hora e meia. Eu acho que o sol que recarregou ele porque, quando chegamos pra recuperar, ele ainda tinha 16% de carga”, contou ao G1.

O celular foi recuperado por meio de rastreamento por GPS com a ajuda do amigo, Victor de Oliveira Tostes, que é técnico de informática. “Eu tinha fé que ia recuperar ele. Pensei: ‘Se ele não caiu na água, a gente vai achar’. Por poucos metros podia ter atingido uma pessoa e com aquela altura que eu estava voando, de mil e poucos pés, ia ser uma tragédia, imagina? Mas não teve a tragédia, teve muitas emoções, é como diz o Roberto Carlos”, completou o ambientalista.

Em outro vídeo, Galiotto ainda brincou com o desfecho: “Primeiro, achei que tivesse caído na água. Achava até que os peixes aqui do Peró já tivessem fazendo alguma coisa, mas não. Está aqui o celular, localizamos com o apoio de Victor, como sempre. Tá safo. Uma conta a menos pra Bandeira Azul pagar, vou aliviar dessa!”.

Edição: Vitor Fernandes
Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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