A Polícia Civil indiciou, na última sexta-feira (11), um lavrador de 53 anos pelo crime de estupro contra a enteada, de 16 anos. A denúncia aconteceu em agosto deste ano pela mãe da adolescente. A garota vinha sendo abusada sexualmente há dois anos. A acusação se deu na cidade de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, mesmo lugar onde ocorria o crime.
Segundo relato da vítima, o padrasto dela dizia ser médium, e que o estupro era um ritual para retirar um “espírito ruim” da adolescente. Ela relatou o que acontecia para sua mãe, que fez a denúncia à polícia do então companheiro. Ainda conforme informações dadas pela jovem, o padrasto a ameaçava de morte caso contasse para alguém o que acontecia entre os dois.
Informações da investigação apontam que o lavrador se aproveitava de um momento conflituoso pelo qual a menina estava passando para manipulá-la. Assim, ele fazia o “ritual” com ela num quarto da fazenda onde eles viviam, que fica próxima à BR-365, enquanto a mãe da menina não estava. Quando a vítima contou para a sua progenitora o que vinha acontecendo entre ela e o padrasto, ele fugiu.
Na época, a mãe da vítima prestou depoimento na Delegacia da Mulher e disse que, até então, não tinha conhecimento dos abusos sexuais que a filha sofria. A delegada Lia Valechi, que coordenou as investigações, disse que o inquérito contra o lavrador vai ser encaminhado ao Poder Judiciário.
Mais um caso
No último mês de outubro, um caso semelhante de estupro à enteada aconteceu numa pequena cidade do Vale do Jequitinhonha. Dessa vez, o padrasto engravidou a vítima, de 14 anos. Segundo a menina, o suspeito aproveitava o momento em que a mãe dela saía de casa para cometer o crime. Ela denunciou a situação após a descoberta da gravidez que, na época, já contabilizava cinco meses.
Após a denúncia, a Polícia Militar prendeu o padrasto da vítima, e ela e a mãe ficaram com medo da reação do homem, que negou o crime. A menor de idade chegou a relatar aos militares que não queria ter o filho. Por não ter sido uma situação de flagrante, a Polícia Civil apenas instaurou um inquérito para investigar o caso. O suspeito “não foi ouvido formalmente, apenas assinou o termo de liberação”, disseram as autoridades civis.