Família ficava com pensão de R$ 8,4 mil da mulher escravizada por 38 anos

Familia ficava com pensao de mulher liberdada de trabalho escravo
Valdirene Rigueira, Madalena Gordiano e Dalton Rigueira (Reprodução/Twitter)

A pensão de R$ 8,4 mil recebida por Madalena Gordiano era usada pela família Milagres Rigueira, que a manteve por 38 anos em condições análogas às de escravidão, em Patos de Minas (MG). As informações foram prestadas por auditores fiscais, de acordo com reportagem do Uol. A renda de Madalena serviu para pagar curso de medicina e custear a vida da família por 17 anos. Madalena recebia duas pensões de um casamento com um ex-combatente da Segunda Guerra Mundial.

Segundo as investigações, ela nunca administrou a renda, que ficava sob controle de Maria das Graças Milagres Rigueira e o filho, Dalton César Milagres Rigueira. O matrimônio de Madalena com Marino Lopes da Costa, oficializado em 2001, chegou a ser alvo de denúncia em 2008. Isso porque Marino é tio de Valdirene Lopes da Costa, esposa de Dalton. O ex-combatente de guerra morreu dois anos após o casamento, aos 80 anos de idade. Em razão da saúde debilitada de Marino, a suspeita é que o casamento tenha sido organizado para que a pensão pudesse pagar o curso de medicina de Vanessa Maria Milagres Rigueira, irmã de Dalton.

Madalena foi resgatada no fim de novembro, após uma investigação do Ministério Público do Trabalho (MPT). Vizinhos desconfiaram dos pedidos feitos por Madalena, que deixava bilhetes embaixo da porta dizendo que precisava de dinheiro para comprar materiais de higiene pessoal, conforme exibiu o programa da TV Globo Fantástico, no último dia 20 de dezembro. De acordo o MPT, Madalena vivia em condição análoga às de escravidão. “Ela não tinha registro em carteira, um salário mínimo garantido, férias. Ela não tinha descanso semanal remunerado”, destacou o auditor fiscal Humberto Monteiro.

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