Policial assassina esposa e se mata às margens de rodovia mineira

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Cassiana Almeida foi morta pelo marido, segundo a PM (Cassiana Almeida/Arquivo Pessoal + Reprodução/Redes sociais)

Um policial militar de 25 anos assassinou a esposa, 31, no fim da tarde deste domingo (2) e se matou em seguida. Fardado, mas de folga, o rapaz cometeu o crime às margens da MG-050, na altura de Itaúna, município do Centro-Oeste mineiro a cerca de 80 km de Belo Horizonte. O assassinato e o autoextermínio foram cometidos através de uma pistola da PM mineira.

O soldado André Luis da Cunha era lotado na unidade da Polícia Militar em Pedra do Indaiá e ontem trabalhou normalmente. Conforme a corporação, ele viajava em um Fiat Palio com a esposa Cassiana Almeida em direção a Mateus Leme, município da região metropolitana de Belo Horizonte onde ela possuía residência.

Quando estava próximo do destino, o casal estacionou o veículo às margens da rodovia na altura do km 93, em Itaúna. Testemunhas informaram aos militares que viram Cassiana saindo do carro caminhando pelo acostamento, quando, logo em seguida, o soldado a perseguiu e atirou contra ela. Na sequência, André Luis se matou com um tiro.

A rodovia ficou interditada durante os trabalhos das autoridades. Os corpos foram encaminhados para o IML (Instituto Médico Legal) de Divinópolis. Já o carro, que era de propriedade de Cassiana, foi encaminhado ao pátio da companhia da PM também em Divinópolis.

Violência contra mulher

Especialistas ouvidas pelo BHAZ em outras reportagens envolvendo violência contra mulher são unânimes ao afirmar que é essencial que a vítima procure ajuda. Na capital mineira, além da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher, existem ao menos outras três instituições que atendem esse público: Nudem (Núcleo de Defesa da Mulher), da Defensoria Pública; Casa Benvinda, da Prefeitura de Belo Horizonte; e Casa de Referência Tina Martins, do chamado terceiro setor, sem vínculo governamental. Além disso, existe também o aplicativo MG Mulher, do governo de Minas (veja aqui).

“É muito importante que a vítima procure o profissional de sua confiança: advogado ou defensoria pública, órgãos de proteção… Para que aquilo não exploda de vez. Vai sofrendo, vai sofrendo ameaça, pressão psicológica, são agredidas moral e psicologicamente dentro de casa. Vai aguentando por causa dos filhos… Na hora que algo explode, pode até mesmo ser fatal”, orienta a conselheira seccional da OAB Minas, Camila Félix, também professora de Direito Penal e advogada.

Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher: av. Barbacena, 288, Barro Preto | Telefones: 181 ou 197 ou 190
Casa de Referência Tina Martins: r. Paraíba, 641, Santa Efigênia | 3658-9221
Nudem (Núcleo de Defesa da Mulher): r. Araguari, 210, 5º Andar, Barro Preto | 2010-3171
Casa Benvinda – Centro de Apoio à Mulher: r. Hermilo Alves, 34, Santa Tereza | 3277-4380

Thiago Ricci[email protected]

Editor-executivo do BHAZ desde agosto de 2018, cargo ocupado também entre 2016 e 2017. Jornalista pós-graduado em Jornalismo Investigativo, pela Abraji/ESPM. Editor-chefe do SouBH entre 2017 e 2018; correspondente do jornal O Globo em Minas Gerais, entre 2014 e 2015, durante as eleições presidenciais; com passagens pelos jornais Hoje em Dia e Metro, TVs Record e Band, além da rádio UFMG Educativa, portal Terra e ONG Oficina de Imagens. Teve reportagens agraciadas pelos prêmios CDL, Délio Rocha, Adep-MG e Sindibel.

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