Covid: Governo de MG compra 50 milhões de seringas para vacinar população

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Mais de 19 milhões de seringas já estão no território mineiro (Sam Moqadam/Unsplash)

Enquanto a vacinação contra a Covid-19 já começou em outros países e o Ministério da Saúde ainda não garantiu insumos para a aplicação do imunizante, o Governo de Minas adquiriu 50 milhões de seringas para agilizar o processo. De acordo com a SES-MG (Secretaria de Estado de Saúde), mais de 19 milhões já chegaram em território mineiro e a distribuição para o interior do estado começa nesta semana.

O anúncio da aquisição foi feito pelo secretário adjunto de Saúde, Marcelo Cabral, nesta terça-feira (5), e ação faz parte do Plano Estadual de Vacinação para a Covid-19. Além das seringas agulhadas, o Governo de Minas também comprou 617 câmaras refrigeradas para armazenamento das vacinas. A logística elaborada pela SES-MG também leva em conta uma vacinação gradual durante o ano – e não em uma data única.

De acordo com o secretário adjunto, a estruturação do governo estadual irá garantir mais agilidade na aplicação dos imunizantes assim que o governo federal iniciar a sua distribuição. “Estamos iniciando a logística para entrega, através das nossas superintendências e gerências regionais, para que estas seringas cheguem aos municípios e possam, no momento próprio, servir para a vacinação de toda população mineira”, afirmou.

Ainda segundo a SES-MG, a pasta investiu R$ 35,15 milhões na compra das seringas. As 50 milhões de unidades devem ser suficientes para contribuir com a vacinação de todos os cerca de 21,3 milhões de mineiros, caso a vacina a ser aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) seja aplicada em duas doses.

Sem seringas no Brasil

O Governo de Minas é uma das administrações estaduais que se colocou à frente da compra pela vacina, já que a aquisição dos insumos pelo governo federal não vem apresentando resultados. Ainda ontem, a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério da Economia proibiu a exportação de seringas e agulhas, depois de fracassar na compra.

De acordo com o Estadão, das 331 milhões de unidades que o Ministério da Saúde pretendia comprar, só conseguiu oferta para adquirir 7,9 milhões em pregão eletrônico. O número corresponde a cerca de 2,4% do total de unidades que a pasta desejava adquirir.

Momento de atenção

O secretário adjunto Marcelo Cabral reforçou, ainda, que o momento é de atenção e que a população mineira continue tomando os devidos cuidados até que a vacina esteja disponível. De acordo com ele, as festividades do final do ano passado podem contribuir para o aumento da transmissão da doença.

“Infelizmente, no final do ano houve um relaxamento no que se refere aos cuidados. A partir do final do ano, com as reuniões e comemorações que eventualmente tenham se realizado sem os maiores cuidados, os reflexos serão verificados, objetivamente, 14 dias após estes eventos”, observou. 

Cabral ainda destacou a importância da conscientização das pessoas em continuar utilizando a máscara, realizando a higienização adequada, mantendo o distanciamento e evitando aglomerações. “Qualquer esforço será em vão caso as pessoas não tomem este cuidado. E isto tem reflexos na rede assistencial, na ocupação de leitos, o que requer de todos nós cidadãos os cuidados”, finalizou.

Com Agência Minas

Edição: Roberth Costa
Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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