Quase 10 mil casos: Minas bate recorde de infecção por Covid-19 em 24h

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Foram quase 3 mil infecções a mais do que o último recorde registrado (Amanda Dias/BHAZ)

A primeira semana do ano nem acabou ainda e Minas Gerais já alcançou um recorde preocupante. Nesta quarta-feira (6), o estado registrou o maior número de pessoas infectadas pela Covid-19 em 24 horas desde o início da pandemia. Foram 9.515 novos casos registrados apenas no último dia – e o total já passa de meio milhão. Além disso, a doença já tirou 12.211 vidas no estado, sendo 128 confirmadas só nas últimas 24 horas.

A última vez que os registros de infectados em Minas haviam atingido um recorde foi na última quinta (31). Na data, o boletim epidemiológico divulgado pela SES-MG (Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais) dava conta de 6.865 casos em 24 horas – quase 3 mil a menos do que foi registrado hoje.

A doença, que já se espalhou por todas as cidades do estado, também já deixou mortos em 711 dos 853 municípios mineiros. Dos contaminados que sobreviveram ou ainda estão lutando contra o vírus no estado, a maioria são mulheres e pessoas de 30 a 49 anos. Desde o início da pandemia, quase 49 mil pessoas precisaram ficar internadas nas redes de saúde pública e privada e outras 517 mil, com quadros mais brandos, tiveram que se isolar em casa.

Além desses, que já compõem os números confirmados que ilustram a triste realidade da pandemia no estado, a SES-MG tem ainda outros 44.358 casos em acompanhamento. E para 509.638 pessoas, o desfecho foi melhor: esse é o número de pessoas que se recuperaram da doença até hoje em Minas.

Ainda não acabou

Nem os números preocupantes de mortos e infectados nem o alívio dos recuperados podem ser tomados como retratos definitivos da pandemia. Isso porque, como sabemos, a crise de saúde ainda não acabou. Pelo contrário, o tradicional período de celebrações de fim de ano em 2020 aumentou ainda mais a preocupação de especialistas e autoridades com o avanço da doença, especialmente em Belo Horizonte.

Nas semanas que antecederam o Natal e o Réveillon, vários médicos e autoridades de saúde já haviam manifestado a preocupação com as pessoas que se recusam a evitar aglomerações e os impactos que elas poderiam trazer à rede de saúde. E os motivos para essa preocupação já começaram a se mostrar na prática. Os indicadores da capital, que já vinham subindo gradativamente, começaram o ano em níveis alarmantes.

O balanço mais recente da PBH (Prefeitura de Belo Horizonte), divulgado ontem (5), mostra que o fator RT – quantidade de pessoas, em média, que um infectado pode contaminar – subiu para 1,07 e está no nível amarelo. No mesmo nível está a taxa de ocupação de leitos de enfermaria, que atingiu 67,3% – o ideal é abaixo de 50%. Já a taxa de ocupação nas UTIs é a mais preocupante: já são 83,5% das vagas ocupadas, o que coloca o indicador no nível vermelho, o mais grave.

Edição: Vitor Fernandes
Giovanna Fávero[email protected]

Editora no BHAZ desde março de 2023, cargo ocupado também em 2021. Antes, foi repórter também no portal. Foi subeditora no jornal Estado de Minas e participou de reportagens premiadas pela CDL/BH e pelo Sebrae. É formada em Jornalismo pela PUC Minas e pós-graduanda em Comunicação Digital e Redes Sociais pela Una.

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