Brasileira do Big Brother Itália sofre ataques e mobiliza torcida; entenda

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Modelo vem sofrendo diversos ataques por parte dos italianos (Reprodução/@dayanemelloreal/Instagram)

A brasileira Dayane Mello está confinada na “casa mais vigiada da Itália” desde setembro do ano passado, na edição italiana do Big Brother que reúne famosos e influenciadores digitais. Ela é modelo, vive na Itália, e chamou a atenção dos brasileiros por estar sofrendo ataques xenófobos e machistas por parte dos italianos, tanto dentro, quanto fora do reality show.

Dayane vem recebendo diversos ataques. O participante Francesco Oppini, que saiu da edição depois que foi anunciada a sua extensão, disse, em um dos episódios, que “Em Verona, ela seria estuprada”, em referência a uma cidade italiana e ao comportamento da sister, que estava bêbada depois de uma festa no programa. O narrador esportivo ainda completou: “Uma festa com ela e meus amigos seria um desastre”.

Essa fala gerou repercussão e muito brasileiros reclamaram que o italiano não foi expulso por ela. Ele também disse que Dayane o atraía de forma física e sexual, mas não mentalmente, em uma tentativa de provocar a brasileira: “Falta um pouco de elegância. Muita”. Antes, ele também tinha a acusado de “se jogar” para vários participantes da casa.

Em conversa com uma amiga no Grande Fratello VIP, ela se mostrou muito abalada e ponderou “Eles podem sair pegando todas, isso o torna mais homens, né? Se nós nos comportamos assim, nós seremos sempre as v*****. Estou cansada de ser maltratada por esses homens”.

Os ataques também vieram de outro homem dentro do meio futebolístico, o renomado jogador Mario Balotelli, que joga na Itália e com quem a modelo teve um breve relacionamento. Ele fez declarações vulgares e machistas contra ela, como se pode ver no vídeo abaixo, e depois se desculpou em rede social: “Meninas, peço desculpa se alguém se sentiu ofendida! Tenho duas mães, três irmãs e uma filha, as mulheres são a minha vida, então chega de especular o desconhecido”.

‘Me sinto humilhada’

A modelo falou diversas vezes no programa como se sentia com os ataques. “Me sinto humilhada por esses homens, principalmente Francesco, a forma que usa as palavras.”. Ela também lembrou, em outra ocasião, que tem uma filha, de 6 anos, que pode estar assistindo tudo isso de casa.

A Francesco, ela disse: “Não é porque eu tenho a mente aberta e seja diferente que vocês têm que me dizer essas coisas. Sou mãe. E se amanhã as mães falarem sobre isso na escola da Sofia? Eu tenho uma filha que me assiste em casa”. “Foi brutal, tenho uma filha que poderia estar vendo. Não é bacana ao meu ver. Foi muito indelicado perante a tantas mulheres”, completou a uma colega do programa.

“Tem um monte de mulheres que sofre com esse tipo de coisa lá fora, não podemos abaixar a cabeça. Chega de suportar isso, baixar a cabeça. Temos de verdade que levantar a cabeça e dizer que eu sou uma mulher livre e tenho o direito de ser feliz. Não vou ser submissa a um homem. Tô cansada disso porque é uma dor imensa. Te agridem, falam coisas horríveis de você. Nós não mereceremos essas coisas”.

Torcida brasileira

Depois de ficarem sabendo sobre esses ataques, diversos brasileiros se mobilizaram nas redes sociais e na votação do programa para ajudar a modelo do interior de Santa Catarina. Isso gerou ainda mais “hate” dos telespectadores italianos, que acusaram os brasileiros de estarem manipulando os resultados. Dayane continua no programa e já sobreviveu a oito paredões.

Uma matéria no site italiano Trend It disse que o voto no exterior é proibido por regulamento. Os telespectadores italianos estavam tentando apontar o problema para a produção, mas ainda não receberam explicações e confirmações oficiais. O embate foi então para as redes sociais.

O mesmo site publicou no Twitter que os italianos estão planejando afetar a próxima edição do Big Brother no Brasil, como uma forma de revanche pelos inúmeros votos brasileiros que Dayane está recebendo. O perfil também lembrou do prêmio Guinness que a última edição do BBB recebeu, devido ao recorde mundial em votação – mais de 1,5 bilhão de votos em 3 dias: “Os brasileiros são uma potência absurda no reality show”.

Um outro internauta acusou o Brasil de estar votando na modelo apenas pela nacionalidade: “O que os brasileiros não entendem é apenas isso, que são notoriamente conhecidos por acompanharem reality shows e, portanto, é antidesportivo votar em um concorrente apenas pela nacionalidade, na Itália não acompanhamos tanto reality shows e por isso cria-se disparidade”.

Brasileiras responderam o italiano, afirmando que o voto não está vindo apenas pela nacionalidade de Dayane, mas por ela estar sofrendo ataques machistas e xenófobos. A modelo vem sendo atacada pelo jeito aberto, comportamento livre, e acredita-se que o fato de ela ser brasileira apenas contribuiu para aumentar os ataques.

“Não votamos nela só porque ela é brasileira, votamos nela porque nossa GF foi ameaçada pelos italianos e pela forma como ela foi tratada dentro do programa. Caso contrário, a GF italiana teria permanecido desconhecida dos brasileiros, como sempre foi”, disse.

Edição: Vitor Fernandes

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