O prefeito Alexandre Kalil (PSD) garantiu que, se o governo federal decidir por não adiar o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) em todo o país, a prova será realizada em Belo Horizonte. O comunicado foi feito em entrevista à Rádio CBN nesta terça-feira (12). Com a capital de volta à estaca zero no funcionamento do comércio, estudantes temiam que o exame fosse afetado. Kalil esclareceu, contudo, que, no que cabe ao Executivo municipal, a prefeitura vai colaborar.
“Obviamente que sim”, disse o prefeito ao ser questionado se permitiria a realização da prova. Ele ainda explicou que a prefeitura não tem muitas responsabilidades no que diz respeito ao Enem, mas que vai acatar e colaborar com as decisões federais. “A única parte de responsabilidade do município, porque nem prédios municipais foram solicitados para esse ano no Enem em Belo Horizonte, é o transporte público. Nós vamos colocar o transporte público à disposição, não queremos prejudicar ninguém”, afirmou.
No entanto, o prefeito também revelou que a PBH tem algumas preocupações com a prova. “Eu vejo [com preocupação], mas eu acredito que o governo federal deve ter tomado todas as precauções necessárias para que seja feito de uma forma mais segura possível”, disse. Por causa da piora no cenário da pandemia em Belo Horizonte e em diversos outros pontos do país, estudantes e entidades se mobilizam para conseguir adiar novamente o exame – que deve ser realizado nos próximos dois domingos (17 e 24) -, mas o Ministério da Educação ainda não revelou se vai acatar os pedidos.
‘Não é hora de voltar escola’
Na entrevista, Kalil também descartou qualquer possibilidade de retomada das atividades presenciais na rede municipal de educação num futuro próximo. “Nós estamos com as escolas preparadas, com o plano pedagógico preparado, tanto o plano de segurança quanto o plano pedagógico. Mas agora não é hora de voltar escola e Belo Horizonte não pensa nisso agora”, disse.
A justificativa para a não retomada das atividades é justamente a situação atual da capital – com indicadores de risco atingindo os níveis mais altos desde agosto do último ano – e o reflexo da volta às aulas em outras cidades. “A gente tem que fazer o que é certo. O que não deu certo em lugar nenhum do mundo, quando deu foi meia boca ou se retornou, se voltou atrás… Não há motivo para copiar coisa errada”, afirmou.