Minas Consciente passa por revisão para ajudar comércio não essencial

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Novo formato visa equilibrar o funcionamento entre os serviços essenciais e não essenciais (Amanda Dias/BHAZ + Fábio Marchetto/Imprensa MG)

O programa Minas Consciente, que determina quais setores do comércio poderão funcionar em cada cidade de acordo com os indicadores da Covid-19, será reavaliado pelo Governo de Minas. A intenção é diminuir os impactos econômicos do fechamento do comércio não essencial sem que isso contribua para o avanço da doença. O anúncio foi feito pelo secretário de Estado de Saúde, Carlos Eduardo Amaral, em entrevista coletiva nesta sexta-feira (22).

“O que nós estamos tentando rever no Minas Consciente é passar a ter um padrão que envolva todos os segmentos. Ou seja, aqueles que são ditos essenciais e os não essenciais terão protocolos restritivos semelhantes”, explica o secretário. Essa reavaliação foi proposta com base na análise dos números do comércio no estado. Segundo Amaral, 70% da população trabalha no comércio essencial e a intenção do governo é equilibrar esses 70% com os outros 30% que estão nos serviços não essenciais.

“Então, o que isso vai impactar é que aqueles essenciais terão um pouco mais de restrição, de forma que os não essenciais possam ficar mais abertos”, afirma. Contudo, o novo projeto ainda está em fase de estudos. “Se isso nos provar, do ponto de vista de número de pessoas envolvidas nessas atividades, que nós não vamos ter mudanças significativas, nós sinalizaremos neste caminho”, concluiu Amaral.

Mais detalhes sobre a reavaliação e como o projeto será colocado em prática ainda não foram divulgados, mas Amaral adiantou que o governo deve fazer uma nova atualização com os resultados na próxima semana.

Mapa no vermelho

Atualmente, dez das 14 macrorregiões de Saúde do estado estão na fase vermelha, a mais restrita do Minas Consciente. Nessa fase do plano, é autorizada somente a abertura dos serviços essenciais, como padarias, supermercados, farmácias e bancos.

A decisão de manter as dez macrorregiões no vermelho, outras duas no amarelo e apenas uma no verde – onde fica autorizado o funcionamento de serviços não essenciais com alto risco de contágio – veio após um aumento de 19% na taxa de incidência da Covid-19 no estado. O vice-governador Paulo Brant alertou para o aumento no número de casos e pediu que a população mantenha todas recomendações de higiene e distanciamento. 

mapa minas consciente
Apenas uma região está na fase mais flexível do programa (Agência Minas/Divulgação)

“É fundamental que a gente persista nos cuidados, nos protocolos. Houve na última semana um aumento do número de casos, mas, felizmente, temos uma tendência para a estabilização. A expectativa é de que na próxima semana tenhamos uma reversão desse quadro tão negativo, que o processo de vacinação se amplie e possamos finalmente encontrar o caminho para superar essa pandemia que tanto mau tem causado ao nosso estado e nosso país”, disse.

O que pode em cada onda?

Da forma como o Minas Consciente está desenhado atualmente, cada fase libera um nível diferente do comércio para funcionar. Na mais restrita, apenas os serviços essenciais ficam permitidos. Depois, caso os números da Covid-19 se estabilizem, o programa libera o funcionamento dos não essenciais e, no melhor dos cenários, fica permitido o funcionamento dos não essenciais com alto risco de contágio. Confira o que pode em cada onda:

Onda vermelha:

– Supermercados, padarias, lanchonetes, lojas de conveniência;
– Restaurantes e bares (somente para delivery ou retirada no balcão);
– Açougues, peixarias, hortifrutigranjeiros;
– Serviços de ambulantes de alimentação;
– Farmácias, drogarias, lojas de cosméticos, lavanderias, pet shop;
– Bancos, casas lotéricas, cooperativas de crédito;
– Vigilância e segurança privada;
– Serviços de reparo e manutenção;
– Lojas de informática e aparelhos de comunicação;
– Hotéis, motéis, campings, alojamentos e pensões;
– Construção civil e obras de infraestrutura;
– Comércio de veículos, peças e acessórios automotores;
– Além de qualquer atividade que possa ser feita a distância, por delivery ou sem a entrada dos consumidores nos estabelecimentos.

Onda amarela:

– Bares (consumo no local);
– Autoescolas e cursos de pilotagem;
– Salões de beleza e atividades de estética;
– Comércio de eletrodomésticos e equipamentos de áudio e vídeo;
– Papelarias, lojas de livros, discos e revistas;
– Lojas de roupas, bijuterias, joias, calçados, e artigos de viagem;
– Comércio de itens de cama, mesa e banho;
– Lojas de móveis e lustres;
– Imobiliárias;
– Lojas de departamento e duty free;
– Lojas de brinquedos;
– Academias (com restrições);
– Agências de viagem;
– Clubes.

Onda verde:

– Atividades artísticas, como produção teatral, musical e de dança e circo;
– Cinemas, bibliotecas, museus, arquivos;
– Parques, zoológicos e jardins;
– Feiras, congressos, exposições, filmagens de festas, casas de festas, bufê;
– Parques de diversão, discotecas, boliches, sinuca;
– Bares com entretenimento (shows e espetáculos);
– Serviços de colocação de piercings e tatuagens.

Com Agência Minas

Edição: Roberth Costa
Giovanna Fávero[email protected]

Editora no BHAZ desde março de 2023, cargo ocupado também em 2021. Antes, foi repórter também no portal. Foi subeditora no jornal Estado de Minas e participou de reportagens premiadas pela CDL/BH e pelo Sebrae. É formada em Jornalismo pela PUC Minas e pós-graduanda em Comunicação Digital e Redes Sociais pela Una.

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