Enfermeira finge ‘visitar’ amiga, fura fila de vacinação da Covid e é demitida

prefeito cascavel
Prefeito pediu que população denuncie irregularidades (Tânia Rêgo/Agência Brasil + Reprodução/Facebook)

A Prefeitura de Cascavel, cidade no Oeste do Paraná, publicou hoje (30) no DOM (Diário Oficial do Município) a exoneração de uma enfermeira que furou a fila de vacinação contra a Covid-19.

Servidora da Secretaria Municipal de Esportes, a mulher foi ao Centro de Exposições de Cascavel, onde ocorre a imunização, na terça-feira (26). Lá, ela tentou tomar a dose da vacina, mas foi informada de que não fazia parte do grupo prioritário. Depois, disse que cumprimentaria uma pessoa em uma das cabines e recebeu a dose.

O prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos (PSC), falou a respeito do caso em uma live transmitida por meio das redes sociais. Além da enfermeira que recebeu a dose do imunizante, a responsável pela aplicação da vacina também foi afastada das atividades junto à campanha de vacinação.

“Encaminhamento para o processo administrativo, para o Ministério Público e, se for o caso, prisão. Prisão para quem tentar burlar aquilo que é a determinação. Cadeia. Porque é falta de ética, é falta de responsabilidade, é crime contra a saúde pública”, disse o prefeito na gravação.

Além de explicar que o caso já está sob apuração do MPPR (Ministério Público do Paraná) e do TCE (Tribunal de Contas do Estado), o prefeito disse que conta com a população para denunciar irregularidades na vacinação.

No Paraná, para denunciar casos de pessoas furando a fila de imunização, é preciso ligar para os telefones da CGE (Controladoria-Geral do Estado), 0800 041 1113 e (41) 3883-4014, ou enviar uma mensagem para o WhatsApp do segundo número. Na internet, denúncias podem ser feitas por meio do site da CGE, ou pelo email [email protected].

Minas Gerais

Em Minas, a OGE (Ouvidoria Geral do Estado) disponibiliza diversos canais para que denúncias a respeito de fura-filas sejam registradas. Veja abaixo:

Outras polêmicas

Desde que a vacinação contra o novo coronavírus teve início no Brasil, diferentes casos de profissionais furando filas têm sido relatados. Há ainda aqueles que descumprem protocolos relacionados à imunização.

Em Belo Horizonte, uma enfermeira da maternidade Odete Valadares foi afastada depois que doses da Coronavc “sumiram”. Já na Grande BH, a Prefeitura de Santa Luzia exonerou um servidor, ex-secretário de Esportes, por furar a fila da vacinação. Em Maceió, a Prefeitura também afastou uma funcionária que “fingiu” aplicar uma dose da vacina em uma idosa.

Outro caso polêmico envolveu duas irmãs de uma família considerada de elite em Manaus. Elas teriam sido contratadas para atuar no combate à Covid e, pouco depois, receberam a dose do imunizante contra a doença.

A enfermeira Nathana Ceschim, por sua vez, virou assunto depois de ironizar a vacina contra a Covid. Ela gravou um vídeo em que disse que tomou a dose do imunizante por querer viajar. Ela foi demitida do hospital em que trabalhava e ainda corre o risco de perder o direito de exercer a profissão junto ao Cofen (Conselho Federal de Enfermagem).


Roberth Costa[email protected]

De estagiário a redator, produtor, repórter e, desde 2021, coordenador da equipe de redação do BHAZ. Participou do processo de criação do portal em 2012; são 11 anos de aprendizado contínuo. Formado em Publicidade e Propaganda e aventureiro do ‘DDJ’ (Data Driven Journalism). Junto da equipe acumula 10 premiações por reportagens com o ‘DNA’ do BHAZ.

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